Medida visa aumentar a segurança da rodovia e evitar que ela seja afetada novamente por uma enchente
Diretor geral da Concessionária Rota de Santa Maria, responsável pela administração da RSC-287, Leandro Conterato, foi o palestrante da edição de março da reunião-almoço Tá na Hora, promovida pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. O evento ocorreu na manhã desta terça-feira (11), no restaurante do Hotel Águas Claras.
Em entrevista coletiva, Conterato falou sobre o trabalho que a Rota de Santa Maria tem realizado, especialmente após o desastre climático de maio de 2024 que afetou diversas cidades do Vale do Rio Pardo. Após diversos estudos técnicos, os engenheiros da Concessionária constataram que a RSC-287 está, atualmente, muito suscetível e exposta aos desastres climáticos. “É pela sua localização geográfica, pelo fato de ela cruzar importantes bacias hidrográficas, como Taquari, Rio Pardo, Bacia do Jacuí, lá na região de Santa Maria. E ela foi construída e dimensionada há décadas atrás, quando a realidade climática era outra”, salienta.
Diante disso, o diretor geral da Rota de Santa Maria reforça que há uma necessidade de rever parâmetros de engenharia para as novas obras que serão realizadas. Ele explica que a reconstrução dos trechos afetados e, também, das duplicações que serão realizadas, já preveem as mudanças necessárias, entre elas o aumento da cota da pista, a utilização de materiais mais resistentes, a implantação de pontes secas, aumento no tamanho das pontes existentes e ampliação de bueiros e galerias.
Em Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, serão construídas seis pontes secas, de acordo com Conterato. A medida, segundo o profissional, visa aumentar a segurança da rodovia e evitar que ela seja afetada novamente por uma enchente. “Mariante é uma região de várzea. Então, tem um histórico de eventos. Tem eventos climáticos que acabam afetando a rodovia. O projeto dimensionado agora, sob esses novos critérios de resiliência climática, prevê naquele trecho, seis pontes secas nas duas pistas que serão construídas, tanto a pista existente e a pista que será duplicada”, reforça.
As estruturas permitirão a passagem da água caso ocorra uma nova cheia e em épocas de seca, vai permitir também o cruzamento de animais e de maquinário agrícola.
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