Desidratação, insolação e agravamento de doenças respiratórias exigem atenção redobrada dos pais
A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul tem causado impactos em diversas áreas, incluindo a educação, com o adiamento do início das aulas na rede estadual. As altas temperaturas representam um risco significativo para a população, especialmente para as crianças, que são mais vulneráveis a seus efeitos. De acordo com a pediatra Clarissa Aires Roza, que falou em entrevista à Arauto News 89,9 FM, a principal preocupação nesses períodos é a desidratação, já que os pequenos têm maior dificuldade em regular a temperatura corporal, o que pode levar à perda excessiva de líquidos e complicações graves.
Além da desidratação, o calor extremo pode agravar problemas respiratórios como asma e rinite, além de aumentar o risco de queimaduras solares e insolação. “A exposição prolongada ao sol sem proteção pode causar desde vermelhidão na pele até quadros mais graves de insolação, com febre e tontura”, explica a especialista. Para evitar esses problemas, é essencial manter as crianças sempre bem hidratadas e protegidas do sol nos horários mais quentes do dia, entre 10h e 16h.
A pediatra alerta que, muitas vezes, as crianças ficam entretidas e esquecem de beber líquidos, tornando necessário que pais e responsáveis incentivem o consumo de água e sucos naturais ao longo do dia. Além disso, o ambiente também precisa ser adequado. “Locais bem ventilados, com ventiladores ou ar-condicionado, ajudam a evitar o superaquecimento corporal”, orienta Clarissa. Em casos de sinais de desidratação, como saliva espessa, urina escura e irritabilidade, é importante reforçar a hidratação e, se os sintomas forem graves, buscar atendimento médico imediato.
Outro ponto fundamental é a alimentação. Frutas ricas em água, como melancia, melão e laranja, são recomendadas, enquanto alimentos pesados e derivados de leite devem ser evitados, pois podem estragar com mais facilidade no calor. Banhos mornos e brincadeiras com água também são alternativas eficazes para ajudar a refrescar as crianças de forma segura. “Com temperaturas elevadas e um clima cada vez mais quente, os cuidados precisam ser redobrados. Pequenos hábitos diários, como garantir um ambiente fresco, incentivar a ingestão de líquidos e proteger as crianças do sol excessivo, podem fazer toda a diferença para evitar complicações”, disse.
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