Polícia e Geral

Mentora do assassinato de casal de Vale do Sol volta para a cadeia

Publicado em: 10 de outubro de 2019 às 10:38 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 16:27
  • Por
    Lucas Miguel Batista
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto Divulgação
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    Acusada estava em liberdade desde abril do ano passado

    Um dos casos mais assustadores de Vale do Sol teve novos capítulos nesta semana. Apontada por ser a mentora do crime que acabou na morte de Lonia Gabe e de seu companheiro, Antônio Celestino Lummertz, encontrados carbonizados dentro de carcaça de geladeira, Marli Machado Martins voltou para a cadeia. Ela foi presa ainda em 2014, mas teve a prisão revogada em 3 de abril do ano passado. Após esse episódio, o Ministério Público interpôs recurso, pedindo novamente a prisão. A Justiça deferiu e Marli foi recolhida e levada para a Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre, no dia 7 de outubro.

    Conforme o promotor Leonardo Giardin de Souza, da Comarca de Taquara, responsável pelo município de Rolante, onde o crime se desenvolveu (leia detalhes abaixo), a soltura da ré, em abril do ano passado, gerava risco “à integridade da instrução, na medida em que, quando respondia solta por outro delito de homicídio, ela torturou, matou e ocultou o cadáver de uma testemunha (e do cônjuge desta), sendo que essa represália certamente gera temor em quem irá testemunhar contra ela, neste feito”.

    Quando da revogação da prisão, os argumentos apresentados pela Justiça eram excesso de prazo na formação da culpa e ausência dos fundamentos autorizadores da medida. Os demais envolvidos no crime, conforme o Ministério Público, respondem o processo em liberdade.

    RELEMBRE O CASO
    Lonia e Antônio Celestino foram sequestrados em Vale do Sol, na localidade de Faxinal de Dentro, no dia 2 de fevereiro de 2014. Segundo investigação, o casal foi morto dias depois, no município de Rolante, onde era o cativeiro. Marli teria arquitetado o crime por vingança, com o objetivo de obrigar Antônio a inocentá-la em outro processo judicial, pelo qual foi condenada a 14 anos de prisão. Durante o cativeiro, ela obrigou o aposentado a ir até um cartório para autenticar uma carta que ele foi obrigado a escrever, afirmando que ela seria inocente.