O encontro permite que as organizações apresentem contribuições à pauta da COP7
Faltando menos de um mês para a 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que acontece entre os dias 7 e 12 de novembro, na Índia, um seminário aberto é promovido pela Comissão para Implantação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) em Brasília com o objetivo de permitir que as organizações se manifestem e apresentem contribuições sobre os documentos da pauta da COP7. O evento faz parte da preparação do governo brasileiro para a 7ª sessão da Conferência dos Estados Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e é aberto a entidades interessadas no tema. A programação inicia nesta segunda-feira (10), na sede da Organização Panamericana da Saúde, em Brasília.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, participa do seminário e deve questionar a posição brasileira sobre temas de interesse do setor, especialmente com relação ao caso da intervenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) em questões de natureza comercial. O tabaco, assim como outros produtos exportados pelo País, faz parte de acordos internacionais junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas a OMS quer retirar o tabaco desses acordos, o que poderá prejudicar em muito as exportações, especialmente o Brasil que é responsável por 30% dos embarques mundiais. “O Brasil é protagonista na Convenção-Quadro e nos preocupa a falta de clareza sobre os assuntos que serão discutidos. Precisamos esclarecer qual será a posição do governo brasileiro sobre este e outros assuntos durante a Conferência para que a cadeia produtiva não seja prejudicada. Queremos mais transparência e equilíbrio nesse sentido”, enfatiza o executivo.
COP7
A 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) tem deliberações com influência direta na produção de tabaco no Brasil e no mundo. A proximidade do evento traz apreensão, pois os debates das edições anteriores têm sido realizados a portas fechadas e a expectativa é de tratamento semelhante para aos representantes do setor, que irão à Índia, mas possivelmente serão impedidos de se manifestar.
Por isso, durante os últimos meses, as lideranças do setor têm trabalhado intensamente para mostrar aos representantes brasileiros na convenção a importância social e econômica da cadeia que envolve 615 mil pessoas no ciclo produtivo no meio rural e gera mais de 40 mil empregos nas empresas. Alguns apoios foram conquistados. Além dos prefeitos e deputados federais e estaduais das regiões produtoras, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, saiu em defesa da continuidade da produção no Brasil.
Ao conhecer in loco os processos de cultivo e beneficiamento do tabaco, se disse positivamente surpreso com o que viu, pois a realidade é diferente dos argumentos das correntes antitabagistas. Outra manifestação favorável foi feita pelo ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que se comprometeu a levar o assunto ao presidente Michel Temer e reunir os ministros envolvidos com o tema para que seja definida uma posição clara sobre a posição brasileira na COP.
Notícias relacionadas
Pesquisa expõe diferença de renda entre negros e brancos no Brasil
Para supervisora do Dieese, ainda é longo o caminho para diminuir desigualdades
Carreta do Senai vai oferecer cursos gratuitos de culinária em Candelária
Unidade móvel está instalada ao lado da Praça Alberto Blanchardt da Silveira
Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente será em dezembro
O evento está marcado para no próximo dia 6, na Unisc
FOTOS: Procissão das Criaturas marca as ruas do Centro de Santa Cruz
Desfile temático foi realizado na noite deste sábado