Kaffeehaus

Proprietário do Kaffeehaus busca parceiro para transformar prédio histórico em museu

Publicado em: 10 de maio de 2025 às 08:00
  • Por
    Kássia Machado
  • Foto: Reprodução/Facebook
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    Fernando Henning quer encontrar uma empresa interessada em adotar o projeto e modificá-lo em um centro cultural

    Um dos cafés coloniais mais tradicionais do Vale do Rio Pardo, situado na entrada de Sinimbu em um antigo depósito de tabaco do século XIX, o Kaffeehaus, poderá ser transformado em um museu. A possibilidade foi considerada pelo proprietário do local, Fernando Henning, em entrevista à Arauto News 89,9 FM. O objetivo é encontrar uma entidade privada interessada em investir no espaço.

    O prédio, construído em 1892, é um dos cartões-postais da cidade. Atualmente, abriga a cafeteria e um pequeno museu gerido por Henning, bisneto de Augusto Henning — conhecido como o “barão do tabaco” — responsável pelo armazém no passado, que tinha como principal atividade o comércio de fumo. O edifício histórico também serviu como centro de comércio de pedras semipreciosas, que eram exportadas para a Alemanha.

    O proprietário do local contou que adquiriu o imóvel com a intenção de reformá-lo e vendê-lo, mas acabou se apegando ao espaço e às suas memórias de infância. “Eu gosto muito daqui porque eu passei bons momentos da infância aqui no meio do tabaco, brincando. As melhores férias que alguém podia ter eram em Sinimbu”, relembrou. A proposta inicial de Henning era tornar o prédio em um espaço de visitação. “Eu queria que fosse uma atração para Sinimbu. Só que a ideia de manter um museu é complicada, porque, infelizmente, ele não dá retorno financeiro. E manter um espaço desses é difícil”, frisou.

    Henning espera encontrar uma empresa interessada em adotar o projeto e transformá-lo em um centro cultural, além do café colonial já existente. Segundo ele, uma parceria privada traria benefícios tanto para a cidade, que carece de espaços atrativos para a população, quanto para o investidor interessado. “O nosso café é uma opção, ao menos para o pessoal sentar, tomar um café, conversar um pouco. Mas eu queria oferecer mais. E, assim, é uma coisa que me dói um pouco, isso aqui não está sendo tão bem aproveitado como eu gostaria”, lamentou.