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Câncer de cabeça e pescoço: Sinais de alerta podem facilitar identificação e diagnóstico

Publicado em: 10 de abril de 2023 às 14:06 Atualizado em: 13 de março de 2024 às 11:11
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Bia de Moura/Grupo Arauto
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    Dr. Fábio Muradás explica os principais fatores de risco e as prevenções possíveis dos cânceres desta região

    A quinta maior incidência de câncer no Brasil ocorre nas estruturas da cabeça e do pescoço. Falar em câncer de cabeça e pescoço é se referir aos tumores localizados nessas partes do corpo, principalmente na região da via aerodigestiva superior, onde se desenvolvem as funções de boca, laringe, faringe, esôfago cervical e nasofaringe, por onde passa o alimento e o ar.

    Para o Dr. Fábio Muradás, médico especialista em Cabeça e Pescoço, a incidência dos cânceres dessa região são ainda maiores no Rio Grande do Sul. “Primeiro, é importante salientar que, embora a área não seja tão conhecida das pessoas, é um dos cânceres mais frequentes do nosso meio. O câncer de pele é o que apresenta maior crescimento em diagnóstico e pode se originar na região da cabeça e do pescoço, que em geral recebem maior quantidade de radiação solar. Por termos uma grande população de imigração alemã, com atividade agrária forte, essas pessoas estão mais desprotegidas no dia a dia. Esse é um fator de risco importante”, explica o profissional. 

    Principais causas e prevenção

    • Tabagismo – É o principal inimigo. A composição do cigarro contém centenas de substâncias com potencial de causar esse tipo de doença. No ato de fumar, as estruturas do sistema aerodigestivo são expostas a agentes cancerígenos, que agridem a região, alterando o RNA das células, levando à gênese de um câncer. Quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior o risco de ocasionar uma mutação. 
    • Exposição solar – O câncer de pele é o que apresenta maior crescimento em diagnóstico e pode se originar na região da cabeça e do pescoço, que em geral recebem maior quantidade de radiação solar, por estarem mais desprotegidas no dia a dia. Uso diário do protetor solar é uma importante forma de se prevenir.
    • HPV – Tem se observado maior incidência de câncer de cabeça e pescoço em um público mais jovem e não tabagista devido à presença do papiloma vírus humano (HPV). A infecção viral, quando evolui para um câncer, tende a acometer a região da orofaringe, que contempla parte da faringe, a base da língua e a região das amígdalas. 
    • Bebida alcoólica – O consumo, em especial de bebidas destiladas, mas também de bebidas fermentadas em grande quantidade, é outro potencializador da doença. A explicação é semelhante a do tabagismo, com o tempo, o álcool também provoca agressões às células. Beber com moderação é a recomendação.

    Geralmente, o cirurgião de cabeça e pescoço é buscado quando já há um diagnóstico de câncer. Isso porque há profissionais que, na maioria dos casos, são buscados primeiro, como o otorrinolaringologista, endocrinologista, dermatologista e o dentista. Através dessas áreas, muitos são encaminhados para uma avaliação com o médico de cabeça e pescoço. É claro, é importante estar atento aos sintomas”, alerta Muradás. 

    Sintomas

    Deve-se suspeitar de câncer na região aqueles que apresentarem feridas que não cicatrizam em mais de duas semanas, dificuldade para engolir durante longo período e o surgimento de nódulos, especialmente no pescoço. Manchas vermelhas ou esbranquiçadas na boca, problemas na fala (como rouquidão), hemorragias nasais e caroço na região dos lábios são outros sintomas comuns.  

    Nos casos de câncer nas estruturas do aparelho aerodigestivo, as lesões podem não ser aparentes, por se tratarem de órgãos internos. Essa é uma característica que pode levar ao diagnóstico tardio da doença. 

    Diagnóstico e tratamento

    Especialmente para o público com maior risco de desenvolver câncer, é importante a manutenção de exames frequentes das estruturas aerodigestiva por meio de inspeção, ou com auxílio da tecnologia, recomenda o médico. 

    Todo paciente, fumante, acima de 40 anos, deve fazer esse exame anualmente. Além de toda aquela pessoa que sentir, uma dor ou sangramento, uma dificuldade para engolir, deve também procurar médicos especialistas para fazer esse exame. O tratamento é sempre multidisciplinar. Envolvem-se várias modalidades terapêuticas, conforme o estágio da doença e a localização”, explica o especialista. 

    Atendimento

    Além de ser membro do serviço de oncologia do Hospital Ana Nery, o Dr. Fábio Muradás atende, em Santa Cruz do Sul, juntamente com outros dois especialistas – Dr. Luiz Hauth e Dr. Aliende Abentroth -, na Clínica KopfHals, localizada na Rua Borges de Medeiros, 274, Sala 503, no Centro. 

    O contato pode ser feito através dos telefones (51) 3715-8323 e (51) 9 9748-4284. No Instagram, também é possível acompanhar atualizações sobre a Clínica no perfil @clinicakopfhals.