Animais, como cobras, lagartos, escorpiões e aranhas são facilmente encontrados nesta época do ano
A proximidade do início do verão e o calor fazem com que animais, nem sempre comuns aos ambientes urbanos, procurem espaços onde a convivência com o ser humano se torna inevitável. Segundo o professor e responsável pelo Laboratório de Zoologia e Entomologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andreas Köhler, o homem invadiu um espaço que naturalmente era dos animais. Com isso, os bichos procuraram espaços mais propícios, mas, muitas vezes, esses espaços são parques ou praças.
Animais como cobras, lagartos, escorpiões e aranhas são facilmente encontrados nesta época do ano. “Mesmo que representem perigo à vida, alguns animais – vertebrados – como mamíferos, cobras e lagartos são protegidos por lei. Já os invertebrados – aranhas e escorpiões – não têm proteção legal. Contudo, também não devem ser mortos, pois fazem parte de um ecossistema e combatem outros animais, promovendo assim o controle biológico", alerta.
Segundo o professor Andreas Köhler, por terem sangue frio, no período de baixas temperaturas esses animais buscam abrigo em locais mais quentes e, na maioria das vezes, ficam longe do contato humano, porém durante os meses do ano em que a temperatura é mais elevada, os animais saem e são facilmente vistos no ambiente urbano. “Assim como nós que no verão saímos mais, porque a temperatura é mais agradável, com os animais é assim também. Perceba que no inverno os humanos ficam mais dentro de casa, ou seja, em locais mais quentes", compara Köhler.
Eles atacam?
O pesquisador ainda alerta a comunidade que os animais não atacam por vontade própria. “O instinto deles é fugir do homem. Mas quando se sentem ameaçados ou quando mexemos com eles de alguma forma – pedradas ou pauladas – eles atacam para se defender. O importante quando nos depararmos com um animal desse tipo é dar espaço a ele para que possa seguir seu caminho. Assim é possível um convívio.” completa.
Morte de lagarto
Nesse domingo (8), a morte de um lagarto a pedradas e golpes com barra de ferro causou revolta na população santa-cruzense. O animal, visto há algum tempo circulando pelo Parque da Oktoberfest foi morto nas proximidade de um dos pavilhões por um homem. O indivíduo acabou detido pela Guarda Municipal e foi encaminhado à delegacia. Ele vai responder com base na lei municipal pela morte cruel do animal.
Ainda nesse domingo, seguindo a recomendação de acionar os órgãos responsáveis, três moradores acionaram o Corpo de Bombeiros para retirada de lagartos do pátio de suas residências. Desde o mês de outubro, outros casos, como retirada de cobras, já foram registrados.
Pena por morte
De acordo com a redação do artigo 29 da lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida” representa pena de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Em Santa Cruz se aplica a lei municipal que prevê para maus-tratos praticados dolosamente que provoquem a morte do animal multa de 14 UPMs (R$ 4.004,00);
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