Polícia

Recém-nascido morre enquanto aguardava leito em UTI neonatal no Rio Grande do Sul

Publicado em: 09 de abril de 2024 às 10:40 Atualizado em: 30 de abril de 2024 às 19:57
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Portal Arauto
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    Anthony de Lima Almeida não conseguiu vagas em hospitais da região; caso foi registrado em Frederico Westphalen

    Morreu na madrugada desse domingo (7), em Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul, um bebê que nasceu prematuro no sábado (6). Anthony de Lima Almeida esperava por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, mas não conseguiu vagas em hospitais da região.

    Anthony nasceu com 32 semana de gestação. Maria Eduarda de Lima Gonçalves, mãe do bebê, chegou ao hospital com complicações, mas teve alta na tarde de segunda-feira (8). A Polícia Civil já instaurou um inquérito para investigar. O caso é tratado com urgência. O pai da criança foi ouvido, e funcionários do hospital também devem prestar depoimento.

    A administração do Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen, responsável pela solicitação de leito de UTI junto ao Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint) do estado, disse que o procedimento foi realizado quando analisaram as condições do recém-nascido. Ainda conforme o hospital, a equipe foi orientada pelo estado a fazer contato telefônico com hospitais de referência pediátrica na região para agilizar o processo. No entanto, os dois hospitais que poderiam receber o bebê não tinham leitos disponíveis.

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    A Secretaria Estadual da Saúde (SES) emitiu uma nota falando sobre o caso. Leia o texto na íntegra:

    "A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) informa que, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a todos os pacientes que aguardam por atendimento e seguem o devido processo técnico de regulação, não pode fornecer dados sobre casos específicos. Pacientes que necessitam de atendimento especializado são regulados conforme avaliação técnica de profissionais de saúde do município de origem e da Central de Regulação. É esta avaliação que determina as prioridades, a situação de saúde e as condições de transporte do paciente, entre outros critérios. Dessa forma, é possível definir o momento adequado e seguro para a realização de procedimentos e transferência de pacientes"