Presença do ex-procurador da Operação Lava Jato em eventos visa ampliar o número de filiados e gerar engajamento com sua popularidade
O ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, atual embaixador nacional do Partido Novo, esteve em Santa Cruz do Sul nessa quinta-feira (7). No Restaurante da Gruta, durante um almoço, ele apresentou a palestra “As lutas de um deputado cassado pelo sistema”. O partido tem buscado ampliar o número de filiados e engajá-los a partir da popularidade de Deltan, que foi coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.
No evento, que contou com dezenas de simpatizantes, Dallagnol esteve acompanhado de uma caravana do partido, que contava com o deputado estadual Felipe Camozzato e o deputado federal Marcel van Hattem, além do vereador de Santa Cruz do Sul, Leonel Garibaldi. "Quem sabe não esteja aqui o futuro prefeito de Santa Cruz e o futuro governador do Estado", afirmou o ex-procurador.
Dallagnol comentou sobre sua carreira e sobre a decisão de entrar para a política. Ele reiterou a opinião de que sua cassação tem a ver com uma "vingança" do sistema contra ele. Deltan também mencionou conversas em que, por exemplo, o ex-deputado Eduardo Cunha teria afirmado a um colega que faria com que ele fosse cassado. Na avaliação dele, houve motivação política para que ele perdesse o mandato. “Passaram a perseguir quem combatia a corrupção”, comentou.
Deltan falou sobre a mudança de posicionamento do Novo nos últimos anos. "O time aprendeu com erros do passado, porque no passado o Novo não permitiu uma interiorização. Se a pessoa queria ser candidata a vereador numa cidade que não fosse capital, dificilmente ela poderia ser candidata pelo Novo. Hoje é possível", afirmou.
O ex-deputado, durante sua palestra, fez críticas ao Governo Federal. Segundo Deltan, o Novo é o partido que mais se opõe ao governo Lula no Congresso Nacional. "Quando eu olho para o Governo Federal, eu vejo uma série de desmandos, uma série de erros e o único caminho é a gente unir a direita para oferecer uma solução em conjunto. Esse é o grande objetivo do Novo. Não é lutar por cargos, mas por uma transformação e pelos melhores caminhos possíveis para essa transformação acontecer", finalizou.
Atualmente, Dallagnol, que não exerce cargo político, recebe um salário do Partido Novo. O valor é pago pela legenda, que reúne recursos a partir de filiados e também do uso do Fundo Partidário. Originalmente, o Novo sempre se posicionou contra o uso do dinheiro público em campanhas e para os partidos. A mudança de entendimento sobre usos desses recursos é uma decisão deste ano, aprovada em convenção nacional, com apoio de 85% de seus integrantes.
Além de Santa Cruz, a caravana do Novo marcou presença no Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso. No Rio Grande do Sul, Dallagnol também cumpre agenda em Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul e Pelotas.
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