Depois de dois episódios envolvendo um mesmo morador das redondezas, comunidade escolar busca reforçar segurança
A Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul avalia a construção de um muro no entorno da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Raio de Sol, localizada no bairro Belvedere. A sugestão vem da própria comunidade escolar, que se reuniu com o secretário da pasta, Mario Colombo, e com o vereador Rodrigo Rabuske, que intermediou os encontros. A motivação vem após dois episódios que aumentaram a sensação de insegurança no educandário. Um mesmo homem, morador de um beco nas redondezas da escola, e que faz uso de tornozeleira, sendo monitorado pela segurança pública, em momento de fuga cruzou o ambiente escolar, recentemente. Em situação anterior, esse mesmo homem havia deflagrado tiros no chão e assustado crianças e colaboradores da creche, chamando a atenção da comunidade escolar, e com botão do pânico, a Guarda Municipal, em questão de minutos estava no local.
Nesta sexta-feira (8), em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, o secretário da Educação, Mario Colombo, confirmou que o pedido da comunidade escolar é a construção de um muro. Ele informou que a Engenheira da Secretaria da Educação esteve no local para avaliar essa possibilidade, considerando a sugestão da comunidade, que quer um muro de dois metros de altura, em formato de L, para proteger a lateral desse beco.
Secretário não quer que ambiente escolar se pareça um presídio
No entanto, Colombo lembrou que a área pertence a um bairro onde há constantemente abalo de solo, e requer estudos de engenharia sobre a viabilidade de tal construção. “Eu tenho um pouco de restrição de levantamento de muro de dois metros numa escola, não é um problema de educação e sim de segurança pública, é uma questão intersetorial, apesar de acatar o pedido e avaliar o pedido, eu ainda sou muito contra a criar um ambiente, quase como um presídio”, desabafou.
Porque além do muro de dois metros, frisou ele, lembrando que em um presídio mede 3,20 metros, os pais pedem aquela tela de arame farpado enrolado em cima. “Não vai ser a solução, porque quando a pessoa está em fuga, ela ultrapassa suas capacidades e tira força, e o que me assusta é que um muro tão alto, se conseguir entrar ali, poderia fazer alguém de refém. Mas a gente trabalha com a opinião, com sugestões dos pais”, considera.
Além disso, o titular da Educação destacou que também trabalham com registro de preços para contratação de vigia de algumas Emeis e Emefs e ele pediu para inserir a Raio de Sol nesta demanda. Outro pedido intersetorial, envolvendo Obras e Mobilidade Urbana, é um novo quebra-molas, o que repassou para as secretarias afins. “Não sabemos se vai resolver o problema, mas a comunidade nos pede para aumentar a sensação de segurança”, salienta Colombo.