Acesso barrado na cop 7 deve ser levado ao Itamaraty

Por sugestão da Tailândia e concordância dos demais 181 países que compõem o grupo de trabalho, incluindo o Brasil, a Conferência das Partes para o Controle do Tabaco decidiu realizar reuniões restritivas, sem a presença da imprensa, parlamentares, representantes do setor do tabaco e do público em geral.

A partir de agora, a exemplo do que ocorreu na COP6 em Moscou, na Rússia, os jornalistas, parlamentares e o público ficam de fora das salas de reuniões dos tratado global, participam apenas dos encontros paralelos e de imprensa. A mídia mundial tem questionado a falta de transparência da conferência sobre o controle do tabaco.

Para o deputado Edson Brum e para a comitiva que está na Índia, com credenciais para acompanhar os debates na COP7, a decisão tomada nesta terça-feira (8), é antidemocrática e inclusive fere o Artigo 4.7 da própria COP7. “Viemos até aqui para defender o nosso produtor de tabaco. É inadmissível que nem nós, parlamentares, representantes do setor, imprensa, prefeitos, sejamos impedidos de participar. Precisamos de uma intervenção do Itamaraty, pois até mesmo o diplomata brasileiro concordou com a restrição, sendo assim só podemos participar das discussões paralelas, o que pode prejudicar muito o nosso produtor e a nossa economia”, destacou Brum.

Adolfo Brito, Pedro Pereira, Marcelo Moraes, Edson Brum e Zé Nunes entraram em contato hoje com o Embaixador do Brasil na Índia, Embaixador Tovar da Silva Nunes e com os Ministros Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, das Relações Exteriores, José Serra e do Trabalho, Ronaldo Nogueira, cobrando uma posição mais firme do representante do Brasil, Diplomata Carlos Cuenca, que no momento da proposição da Tailândia ficou em silêncio.

A COP7, prossegue com seus debates ate a próxima sexta-feira (11), em Greater Noida, na Índia. No sábado, dia 12, estão previstos a divulgação das decisões tomadas ao longo desta semana de debates e proposições.