A Seleção Brasileira caiu nas quartas de final da Copa América. O Grêmio perdeu de goleada e o Inter foi derrotado em casa
Para (não) esquecer. Na noite do último sábado, a Seleção Brasileira foi eliminada nas quartas de final da Copa América, de forma patética, pelo Uruguai. No domingo, em jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio foi goleado pelo Juventude, com direito a gritos de olé do torcedor adversário. E o Inter, na sua volta para casa, permitiu que um Vasco da Gama, com 7 desfalques, vencesse seu primeiro jogo fora de casa no campeonato. É este o resumo do futebol para o torcedor gaúcho no fim de semana. Um final de semana para ser esquecido. Mas que precisa ser lembrado pelas lições que precisam ser aprendidas.
Uma seleção insossa. O Brasil, comandado por Dorival Júnior, não conseguiu chegar entre os quatro melhores da Copa América. Um time sem qualquer carisma e que não envolve o torcedor, mesmo terminando o jogo contra o Uruguai com um jogador a mais, não conseguiu vencer. Coroou desta forma uma campanha de 4 jogos, com 3 empates e 1 única vitória. No jogo decisivo, até perdeu uma ou outra chance de gol, mas sofreu muito defensivamente e por pouco não foi eliminado no tempo normal. Mas nos pênaltis a displicência e a soberba do Eder Militão, indo para a cobrança com um sorrisinho sarcástico e arrogante e perdendo o pênalti, são a expressão perfeita desta geração. O Brasil está fora sequer da semifinal da Copa América e sem rumo para um futuro próximo.
Afundando mais e mais. Pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio fez outro jogo muito ruim, no domingo, contra o Juventude. Depois de, no meio de semana, entregar uma vitória encaminhada contra o Palmeiras, graças a um elenco pobre tecnicamente e a um treinador que erra e teima, contra o time de Caxias a fragilidade individual e a desorganização coletiva ficaram ainda mais evidentes. O Grêmio, dos gabinetes que fazem à sua gestão, ao campo de jogo, passando pela casamata, deu claros sinais de estar perdido e sem rumo. E que não faz mais por absoluta incapacidade e incompetência. O Juventude envolveu e amordaçou o Grêmio, atacou tanto pelos lados, especialmente o esquerdo, quanto pelo meio, criou chances de gol em profusão e só não fez mais, pelo desperdício. O 3 a 0 acabou ficando barato. O rodízio de goleiros provocado pelo Renato se confirmou um equívoco, a defesa, desprotegida, vazou de novo e o ataque outra vez foi inoperante. O Grêmio perdeu seu 8º jogo na competição, a diretoria segue em silêncio, sem contratar e sem tomar uma única providência e o Renato segue prestigiado e bancando uma retomada que ninguém enxerga como possa acontecer.
De cara com a realidade. O Internacional voltou para casa. No início de noite congelante do último domingo recebeu o Vasco, diante de mais de 30 mil torcedores. Um reencontro há muito esperado. O ambiente e o cenário perfeitos para o reencontro também com as vitórias. O que não aconteceu. O Inter foi derrotado pelo Vasco. Num jogo em que foi mais do mesmo e em que repetiu seus principais defeitos da temporada: um time que começa tentando se impor, mostra alguma superioridade, cria chances e as desperdiça. Aí a defesa sofre um apagão, o físico e o mental se abatem e o resultado escorre pelo ralo. Contra o Vasco, esteve perdendo por 2 a 0, até descontou mas não conseguiu evitar a derrota. Derrota, a propósito, de um time outra vez muito alterado e que assim perde identidade e mecânica de jogo. Uma derrota dura, mas que escancara a realidade medíocre da temporada colorada. Um time que sonhou com a disputa de títulos. Mas que fixou morada no meio da tabela.
Quase lá. Pelo Campeonato Brasileiro da Série D, o Avenida foi a Novo Hamburgo e trouxe um ponto importante, que o mantém na vice-liderança do grupo. Muito perto da classificação, o time começa a olhar para os jogos eliminatórios. E aí terá de lidar com dois problemas: um grupo enxuto e que precisa de mais opções e uma tendência, diretamente ligada ao grupo reduzido, de sofrer muito fisicamente e cair no segundo tempo. Até aqui, o comportamento, o envolvimento e o comprometimento dos jogadores e a organização tática do time têm afiançado bons resultados. Com mais nomes à disposição, tudo pode ficar ainda melhor.
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