8 DE MARÇO

Sarau em homenagem ao Dia da Mulher une literatura e música em Santa Cruz

Publicado em: 08 de março de 2025 às 12:40
  • Por
    Emily Lara
  • Colaboração
    Bianca Mallmann
  • Foto: Bianca Mallmann/Grupo Arauto
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    Evento foi realizado na Casa das Artes Regina Simonis

    Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Casa das Artes Regina Simonis, em Santa Cruz do Sul, foi palco de um sarau literário na manhã deste sábado (8). O evento, que celebrou a literatura feminina, teve como objetivo valorizar e exaltar as escritoras e mulheres que atuam no campo cultural.

    Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, a presidente da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, Marli Silveira, destacou a importância da visibilidade para a produção literária feminina, que por muito tempo foi negligenciada ou invisibilizada na história. Segundo ela, no passado, muitas mulheres que desejavam escrever precisavam ocultar suas identidades, utilizando nomes masculinos ou pseudônimos para poder publicar seus trabalhos. “Uma literatura que durante muito tempo não foi valorizada, ou foi esquecida. Evidentemente, a gente ainda não vive um período de extrema, digamos assim, relação de equilíbrio. Nós temos ainda um desequilíbrio, apesar dos grandes avanços que nós temos“, disse.

    A presidente também destacou ações que incentivam a leitura de obras escritas por mulheres, como o projeto “Leia Mulheres”, que realiza encontros mensais na Terra da Oktoberfest. “Cabe a nós celebrarmos, sem descuidar nunca da reflexão, sem descuidar do aspecto de que precisamos sempre pensar, refletir e posicionar, para que a gente continue galgando avanços significativos e apostando em um processo de equilíbrio entre as vozes e a leitura do que é escrito por mulheres“, afirmou. 

    A programação do sarau, além da literatura, incluiu apresentações musicais, criando uma experiência sensível e emocional para os participantes. Conforme explicou Marli, para que eventos como este realmente façam a diferença, é necessário sensibilizar o público. “A gente precisa sensibilizar as pessoas. Se tem uma atividade artística acontecendo, você também tem que se colocar à disposição para ser tocado. Essas duas coisas têm que ocorrer.  A gente tem que ter a oportunidade de assistir e participar, mas também tem que se colocar à disposição. E nesse encontro a gente pode também se transformar e se modificar”, concluiu.