Entre eles estão Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, Candelária e pontes em Paraíso do Sul e Santa Maria
Nessa quarta-feira (6), iniciaram as obras de duplicação da RSC-287 nas travessias urbanas de Santa Cruz do Sul e Tabaí. A concessão de 30 anos prevê a duplicação de toda a rodovia, nos dois sentidos de tráfego, com investimentos que devem superar os R$ 3,6 bilhões e beneficiar mais de dez municípios.
O processo de duplicação estava previsto para começar em Venâncio Aires após os danos causados pela catástrofe climática que afetou severamente a região, mas foi reordenado. O diretor-geral da Concessionária Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, explicou que, embora a reconstrução de trechos críticos, como os de Vila Mariante, seja uma prioridade, o início das obras ocorreu em Santa Cruz e Tabaí por já existirem projetos executivos prontos e a licença ambiental aprovada.
“Precisamos dar prioridade na reconstrução desses trechos que ficaram com essas operações provisórias de desvios, que é o caso de Mariante. Então, logo passada a catástrofe, a nossa intenção era priorizar e começar a duplicação justamente nesses trechos, de modo que a gente pudesse primeiro construir a duplicação, ou seja, construir a pista nova no lado desses trechos, e liberada a pista nova a gente consiga fazer a reconstrução da pista antiga. Isso não perdeu prioridade”, afirmou.
O diretor da concessionária revelou que os projetos de engenharia para os trechos mais afetados pela enchente, como Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, Candelária, a Ponte do Barriga, em Paraíso do Sul, e a Ponte do Arroio Grande, em Santa Maria, estão em fase avançada e serão levados à Secretaria de Reconstrução Gaúcha para aprovação até o final deste mês. Após este processo, o cronograma de execução das obras deve ocorrer em paralelo às duplicações já iniciadas. “Nós acreditamos que no inicio do próximo ano, nos primeiros meses, já tenha condições de iniciar as obras nesses pontos”, explicou.
Segundo Conterato, a concessionária estuda a implantação de pontes secas, o aumento da cota da rodovia duplicada, implementações de drenagens mais robustas e a execução de aterro da pista com pedras, proporcionando uma rodovia mais resistente. “Serão implementadas melhorias com o objetivo de prevenir que esses tipos de danos ocorram novamente em caso de recorrência de enchentes como essas que aconteceram”, destacou.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também ressaltou a importância da reconstrução da rodovia, afirmando que os trabalhos serão feitos com base em uma análise detalhada dos trechos mais afetados, buscando garantir a resiliência em casos de novas enchentes. “Foi feita a passagem emergencial para dar condições de uso da rodovia, mas naturalmente isso envolve um projeto de reconstrução, que envolvera também resiliência ou seja, pontes, viadutos e galerias que deixem a rodovia, em eventual situações de enchentes, não seja rompida por força das águas naquele trecho.”
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