Polícia

Operação da Polícia Civil prende responsável por ataques cibernéticos a provedores de internet no RS

Publicado em: 07 de setembro de 2022 às 16:42 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 09:21
  • Por
    Kethlin Nadine Meurer
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Polícia Civil/Divulgação
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    Mandados são oriundos de um inquérito policial que apura delitos de extorsão, invasão de dispositivo informático, entre outros

    Nesta terça-feira (6), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), prendeu preventivamente, em Rio Grande, o responsável por um ataque cibernético a um provedor de internet de Uruguaiana.

    Além da prisão, a Operação Bug Data cumpriu seis ordens judiciais na cidade e em Pelotas. Os mandados são oriundos de um inquérito policial que apura delitos de extorsão, invasão de dispositivo informático e interrupção ou perturbação de serviço informático e telemático. A investida teve o apoio da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPRI) de Rio Grande, do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Núcleo de Operações com Criptoativos, da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

    O inquérito foi instaurado depois que o ataque criminoso indisponibilizou o serviço de um provedor de internet da cidade de Uruguaiana, ao sobrecarregar a largura banda do servidor ou usar seus recursos até o fim. Durante esse tipo de ação, conhecida como DDoS – "Distributed Denial of Service” ou “Negação de Serviço Distribuída" -, inúmeras solicitações são enviadas simultaneamente ao provedor, o que torna o serviço instável ou indisponível devido à intensidade do ataque. O resultado é que milhares de usuários do provedor vítima perdem o acesso ao serviço. Também vários danos podem ser constatados, como prejuízos financeiros e de saúde pública, uma vez que a ação indisponibiliza o acesso a dados relevantes que só poderiam ser verificados online.

    No caso de Uruguaiana, após o primeiro ataque, o criminoso exigiu valores para cessar as investidas e forneceu contas para que a empresa depositasse o pagamento. Mais tarde, segundo as investigações, o suspeito transformou a quantia em criptoativos.

    Além do caso investigado, suspeita-se que o grupo criminoso do qual o suspeito faz parte esteja por trás de outros dez ataques a provedores de Internet no Rio Grande do Sul, podendo, inclusive, ter repercussão em outros estados brasileiros. Além da prisão do criminoso, que tem 24 anos, foram apreendidos celulares e equipamentos de informática, os quais foram analisados in loco pelo IGP.