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Emef Dona Leopoldina desenvolve projeto de educação antirracista

Publicado em: 07 de julho de 2023 às 23:23 Atualizado em: 08 de março de 2024 às 14:04
  • Por
    Emily Lara
  • Fonte
    Prefeitura de Santa Cruz do Sul
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    Em atividade nessa sexta-feira, pesquisadores da Unisc ensinaram aos alunos sobre manifestações culturais indígenas

    Combater a discriminação é o objetivo central do projeto Por Uma Educação Antirracista, que começou a ser desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dona Leopoldina, localizada na Linha João Alves, em Santa Cruz do Sul. Em encontros semanais realizados no turno inverso ao das aulas, um grupo composto por 20 estudantes – orientados pelo professor André Luis Marques de Assis – vem aprendendo sobre diferentes formas de preconceito, a fim de que se tornem replicadores da temática da igualdade étnico-racial entre os demais estudantes e ajudem a difundir na Escola uma convivência com pleno respeito às diferenças. 

    “Entendemos que o assunto é pertinente para incentivarmos a cidadania, a empatia e para termos uma sociedade melhor, longe dos preconceitos e de todas as mazelas causadas pela desigualdade”, destaca o professor André, que leciona a disciplina de História na instituição de ensino. De acordo com ele, o projeto começou no mês passado e deve ter uma metodologia contínua, a fim de que, mensalmente, uma temática específica possa ser aprofundada entre os alunos, por meio de atividades participativas, como bate-papos, palestras e cineclubes. Na primeira semana de cada mês, convidados externos são chamados para estimular o debate entre a turma. Os estudantes que fazem parte do projeto estão cursando do 6º ao 9º ano e se inscreveram voluntariamente para participar da iniciativa. 

    Para o secretário municipal de Educação, Wagner Machado, “estas discussões são imprescindíveis na formação de cidadãos comprometidos com uma sociedade mais igualitária e que respeita as diferenças”. Na visão dele, que elogia a metodologia do Projeto implementado na Emef Dona Leopoldina, o Brasil é privilegiado por sua diversidade étnico-racial e o problema está no fato de que nem todos percebem esta virtude. “A Escola vem fazendo o seu papel para mudar este paradigma e merece nosso reconhecimento”, salienta. 

    Grupo Peabiru levou dinâmicas sobre costumes dos povos kaingang e guarani 

    Na tarde desta sexta-feira (7), as atividades foram ministradas por integrantes do Grupo Peabiru – Educação Ameríndia e Interculturalidade, que é um grupo de pesquisa do CNPq composto por pesquisadores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Foram propostas dinâmicas com pintura, dança, música, jogos e outros materiais didáticos disponibilizados gratuitamente no portal online do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin). De acordo com a coordenadora do Grupo, Ana Luísa Teixeira de Menezes, que é professora dos Programas de Pós-Graduação em Educação e Psicologia da Unisc, os ensinamentos repassados pelo Peabiru são baseados em mais de 20 anos de pesquisa envolvendo os povos indígenas e as culturas kaingang e guarani. Participaram ainda os doutorandos Onório Isaías de Moura e Carine Josieli Wendland.