iniciativa

Prefeitura e Judiciário buscam caminhos para reduzir a violência doméstica em Santa Cruz

Publicado em: 07 de maio de 2025 às 10:39
  • Por
    Portal Arauto
  • Fonte
    Prefeitura de Santa Cruz
  • Foto: Isabel Corralo
    compartilhe essa matéria

    Tema foi pauta de uma reunião nesta semana no Salão Nobre do Palacinho

    Santa Cruz do Sul está prestes a dar um largo passo na questão que envolve a reincidência de episódios de violência doméstica. Esta semana o prefeito Sérgio Moraes recebeu no Salão Nobre do Palacinho, o juiz João Francisco Goulart Borges, que em abril do ano passado assumiu a Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e o promotor da Violência Doméstica Flávio Eduardo de Lima Passos. Na pauta a recriação dos chamados grupos reflexivos, metodologia criada para educar e reabilitar o homem agressor, a fim de que ele não reincida em novos atos de violência física, psicológica ou patrimonial.

    Até 2024 semelhante iniciativa funcionou por meio de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado e a Unisc, porém com a participação de formandos do curso de psicologia. A ideia agora é, através de uma parceria com a prefeitura, designar profissionais concursados e capacitados pelo Judiciário para atuar como facilitadores, abordando durante os encontros, questões de gênero, violência, relacionamentos, sentimentos e outras.

    Segundo o magistrado, experiências semelhantes em outros municípios, como na vizinha Rio Pardo, fizeram com que os índices de reincidência caíssem de modo expressivo, para algo em torno de 5 por cento. A estimativa é que atualmente cerca de 500 homens em Santa Cruz poderiam ser alcançados pela iniciativa, que visa atacar o problema justamente onde ele se origina. “O problema está no homem que é o agressor e por isso temos que tratá-lo”, disse.

    Para o promotor Flávio, o município possui uma rede de proteção à mulher muito bem estruturada e com atuação expressiva. Segundo ele, o trabalho focado na prevenção tem reflexos importantes e evita o aumento das ações repressivas. “Embora não apareça nos números, muito do que a gente não faz é porque a rede de proteção está realizando muito bem o seu papel. Vejo em Santa Cruz do Sul um potencial muito grande de tornar-se uma referência na violência contra a mulher”, observou.

    Também participaram da reunião a secretária municipal de Desenvolvimento Social e Inclusão, Fátima Alves da Silva, a coordenadora municipal da Mulher, Julia Rambo, a procuradora-geral Trícia Schaidhauer e a subprocuradora-geral Marina Vetoretti.