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Piazada fez bonito no 24º Rodeio Crioulo Estadual, em Vera Cruz

Publicado em: 07 de fevereiro de 2022 às 19:00 Atualizado em: 03 de março de 2024 às 09:34
  • Por
    Taliana Hickmann
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto / Taliana Hickmann
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    Evento tradicionalista foi sediado pelo CTG Candeeiro da Amizade no fim de semana

    Aos oitos anos, a vera-cruzense Milena Marques ensaiou os primeiros movimentos no laço, influenciada pelo avô Sérgio Farias – um apaixonado pela tradição gaúcha. Hoje, aos 17 anos, está entre as competidoras mulheres que participam das provas campeiras em eventos tradicionalistas pela região, seja nas modalidades individuais ou em equipes – quando mostra suas habilidades ao lado do avô e dos primos. Foi assim que neste fim de semana, ela marcou presença no 24º Rodeio Crioulo Estadual, sediado no CTG Candeeiro da Amizade, em Vera Cruz. Mas Milena não foi exceção entre os jovens que participaram dos três dias de atividades – entre a sexta-feira e o domingo, dias 4, 5 e 6 -, pelo contrário, seja para competir, fazer os primeiros movimentos de laço na vaca parada ou mesmo na torcida, a piazada mostrou que a paixão pelo tradicionalismo está presente cada vez mais cedo. 

    Junto à sede do CTG, que fica no bairro Araçá, o público, vindo de diversos cantos do Estado, assistiu as tradicionais provas, debaixo da sombra das árvores, e acompanhou as atrações especiais, a exemplo do laço a pé. Além disso, chamou a atenção de quem circulou por lá, as rodas em torno da vaca parada, em sua maioria de crianças e jovens que buscavam se aperfeiçoar na modalidade. A candelariense Kiara Steinhaus, de 16 anos, e Arthur Rodrigues, de 18 anos, morador de Cachoeira do Sul, são exemplo. “A gente vem, participa das provas, mas também faz muitas amizades no rodeio, como agora, enquanto treinamos e nos divertimos com o laço. É sempre bom, quando retornamos ao rodeio e reencontramos os amigos”, revelou Arthur. “Gosto muito de competir, de estar nesse meio. Além de me divertir nas provas de laço, elas também rendem prêmio em dinheiro e isso é muito bacana”, complementa Kiara, que competiu na modalidade de laço feminino individual. 

    NA TORCIDA

    Mesmo para os jovens que não competem nas provas campeiras, o Rodeio Crioulo Estadual foi de diversão e reencontro com o tradicionalismo. As vera-cruzenses Bruna Stumm, de 27 anos, Emelin Gabrielle Lemos Matos, de 20, Stephanie Matzen, de 16, e Ana Laura Steil, de 24, contam que reuniram mais de 20 amigos para prestigiar o evento. Entre elas, apenas Stephanie participou das competições, mas nem por isso o fim de semana deixou de ser especial para as demais. Entre as rodas de chimarrão, conversas e torcida pelos amigos e namorados, elas vibraram pelo reencontro – comum em eventos como esse, mas que por um tempo não ocorreram por conta da pandemia. 

    E por falar em reencontros,  após 12 anos, José Nilton D’Ávila, de 52 anos, morador de Taquari, voltou ao Candeeiro para competir em um rodeio. Ao lado da esposa Aline Isabel da Silva, 37 anos, e do filho José Henrique D’Ávila da Silva, de dois anos, ele curtiu o fim de semana em família do jeito que mais gosta. Feliz, não só por estar de volta, mas também em ver a empolgação de José, que adora vestir a indumentária gaúcha e já mostra habilidades em montar a cavalo – mostrando que certamente seguirá os passos do pai.

    COMENDA JOÃO DE BARRO

    Uma homenagem marcou o fim de tarde de sábado (5), durante o 24º Rodeio Crioulo Estadual. Na ocasião, o coordenador da 5ª Região Tradicionalista, Luiz Clóvis Vieira, entregou a Comenda João de Barro ao prefeito Gilson Becker por ele ser um apoiador das entidades e eventos tradicionalistas. No ato esteve presente o patrão do CTG Candeeiro da Amizade, Paulo Mans. 

    Criada pelo Movimento Tradicionalista Gaucho (MTG/RS), a Comenda João de Barro tem a finalidade de prestar homenagem a pessoas e entidades tradicionalistas. A homenagem, materializada num Certificado, enaltece os serviços prestados ao movimento tradicionalista, e pelo exemplar amor ao Rio Grande do Sul, traduzidos em atos concretos na defesa, manutenção e promoção da identidade cultural do gaúcho.