Você cede ao beiço do seu filho quando ele faz algo errado e você prometeu uma punição? Saiba que manter a sua palavra é importante para o desenvolvimento da criança e da relação.
Dia desses, em uma conversa entre mães, uma comentou que como o filho não havia se comportado, ela disse a ele que não iria a uma atividade que ele gosta muito. Utilizou o recurso como forma de ele entender que o seu comportamento não havia sido adequado. A mãe, obviamente, estava com o coração partido. Preferia mil vezes que o pequeno tivesse feito o que ela havia pedido para evitar o “castigo”. Mas não havia como voltar atrás. E ela fez certo.
De nada adianta a gente dizer uma coisa e fazer outra. As crianças são muito espertas. Se disse que vai ficar sem assistir desenho ou sem ir a um passeio com os colegas, por mais que doa, mantenha sua palavra. Jamais ameace e mude de ideia, ou mesmo fale algo que não possa ou não queira cumprir. Isso me lembra uma frase que li outro dia: “não sei por que os pais perguntam aos filhos: quer apanhar? Como se eles fossem responder: claro, vou ali pegar o chinelo.” É engraçado, sim, mas nos faz refletir sobre as bobagens que as vezes escapam.
Não somos perfeitos enquanto pais, também estamos constantemente aprendendo.
Especialistas lembram que, atualmente, existe uma “ditadura do prazer”, em que não se pode adiar uma vontade da criança. Por isso, muitos pais tentam fazer de tudo para que o filho não se frustre e acabam criando pequenos paraísos artificiais, onde qualquer desgosto é sanado com doces, presentes, telas. Mas temos que ser mais fortes. Frustrações são parte do processo de amadurecimento das crianças e importantes porque ensinam que a vida nem sempre é do jeito que a gente gostaria que fosse.
Por outro lado, elogiar também é importante. Por exemplo: se a criança lavou as mãos sozinha após usar o banheiro, se soube agradecer um presente que ganhou, se foi educada durante a visita a um familiar… são pequenas conquistas que merecem reconhecimento verbal. É uma maneira de valorizá-la.
O desafio, portanto, é o equilíbrio. O “não” é necessário, mas o mais importante para a criança é perceber que há alguém que cuida dela e que decide quando ela ainda não tem condições de fazer. O beicinho é parte do processo de crescimento e amadurecimento. Mesmo que corte o coração e seja até fofinho, não ceda.
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