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O pai que redescobriu o escotismo pelo incentivo da filha

Publicado em: 06 de agosto de 2021 às 08:48 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 22:00
  • Por
    Rafael Cunha
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Rafael Cunha/Grupo Arauto
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    Aquilo que um dia foi uma prática do pai acabou se tornando a atividade preferida da filha

    Cada pai tem um jeito e uma forma de lidar com as coisas da vida, e todo filho sabe para onde correr e quem estará ali, sempre disposto a conversar. É uma relação de troca, de amor dobrado e multiplicado. Por mais tempo que passe, o aconchego e os conselhos de pai sempre serão os mais assertivos. O Dia dos Pais é momento de lembrar os que já se foram e os que ainda estão aqui, é momento de brindar as boas lembranças e, por mais que a vida imponha dificuldades, muitos são os que agradecem a honra de serem filhos de quem são. Ser pai, por sua vez, é participar não só do crescimento dos filhos, mas também do desenvolvimento das habilidades e hobbies daqueles que por mais que queiram que não, um dia crescem e precisam estar prontos para encarar o mundo como ele é. Conheça duas histórias de como os pais influenciaram suas filhas. Ou será que foram elas que motivaram os seus pais? Descubra.

    Escotismo em família

    Aquilo que um dia foi uma prática do pai acabou se tornando a atividade preferida da filha e fez com que o pai voltasse para a ação. Esta é a história de Rafael Moraes e da filha Gabriela, que desenvolveu o gosto pelo escotismo mesmo sem saber que o pai já havia participado do movimento. “É engraçado, entrei aos nove anos no movimento escoteiro e fiquei até os 16 anos. O tempo passou, casei, tive filhos e sempre tive muita vontade que ela participasse, mas nunca insisti. Um dia ela chegou em casa e disse que os escoteiros foram na escola e que estava com interesse em participar. E pra mim foi uma alegria imensa. Depois retornei ao movimento por causa dela”, conta Rafael, que em dezembro último ficou novamente papai, do Gustavo. “A ida da Gabriela aos escoteiros me motivou a ir lá e prestigiar as atividades, eu acompanhava de perto, mas tentando não me envolver, até que a chefia me convidou para voltar como chefe. Acho importante tudo o que o escotismo me trouxe para a vida. Nada mais justo do que eu dedicar meu tempo para ser voluntário para que outras crianças possam adquirir isso e ter essa experiência maravilhosa que eu tive como jovem”, lembra.

    Rafael também se emociona ao lembrar do pai. “Guardo ótimas lembranças do meu pai. Tenho muito orgulho. Mesmo eu tendo pouca idade quando ele se foi, seguidamente me falam que conheceram ele. Para mim foi um grande homem, que me deu toda a educação que necessitava e me proporcionou que eu buscasse o ensino. Me espelho muito nele, para sempre fazer o melhor para as pessoas”, fala, orgulhoso.

    O escotismo é o maior movimento de jovens do mundo. Além de ampliar os conhecimentos, trabalha também os preceitos de disciplina, hierarquia, cordialidade e respeito para com as pessoas. “Ser filha de chefe tem uma cobrança maior em casa, não são só flores. Mas tenho a família em casa e nos escoteiros. Ele está nas minhas duas famílias, e eu gosto muito disso, tenho muita proximidade com ele. Meu pai sempre foi uma pessoa que me apoiou, com rigidez, mas ao mesmo tempo com muito carinho. Sempre presente e muito importante. Te amo, pai”, disse a filha antes de um abraço. Baden Powell, criador do escotismo, pregava que é necessário deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrou. Seguindo a filosofia na vida, pai e filha dividem o hobby, com cumplicidade e muito amor.