Vice-presidente do Brasil falou sobre economia, política e empreendedorismo
Um momento para ouvir sobre história contemporânea. Assim se resume a palestra do vice-presidente Hamilton Mourão em Santa Cruz do Sul. Ele chegou à cidade por volta das 12h30min e falou para autoridades e lideranças regionais por 45 minutos. Em suas primeiras palavras já foi possível perceber o carinho do vice-presidente pelo Rio Grande do Sul e pela cidade da Festa da Alegria. "Ao longo do meu período militar, como comandante no Sul, eu praticamente não tive oportunidade de vir a Santa Cruz. Tinha uma dívida com a cidade e quis o Grande Arquiteto do Universo que eu pudesse estar aqui hoje, para conversar com todos sobre a situação atual que vivemos e os reflexos que isso traz ao país", disse.
Para Mourão, a nação brasileira tem total capacidade para superar os desafios que o país apresenta. "Estamos em um momento onde temos que transpor o muro que foi erguido por um trio que andou de braços dados em plena Explanada dos Ministérios, em Brasília. Esse trio se chama incompetência, má gestão e corrupção e nos causou severos problemas, um grande retrocesso. Agora, compete a nós, povo brasileiro, superar isso. E nós temos plenas condições", afirmou.
Segundo o vice-presidente, o Brasil precisa mudar e, atualmente, há um duplo desafio, o de resgatar a gestão econômica que levou o país à recessão e ao grande número de desempregados: “Nós temos que nos adaptar a essa nova realidade global. Também precisamos retirar o peso da ineficiência das costas de quem trabalha, investe e produz”, sublinhou.
Ainda conforme ele, o Estado continua a ser um peso em cima do empresário brasileiro e é preciso tirar esse peso de um modo que esse empresário tenha cada vez mais liberdade para investir, empreender, colocar mais gente no mercado de trabalho e, como consequência, ter emprego e renda à população. “A nossa missão é fazer do Brasil a maior, a mais vibrante e próspera democracia ideal do hemisfério sul”, comenta..
Economia
Sobre o cenário atual da economia, Mourão destacou que ela está restrita a alguns vícios do mercado, mas irá atingir todas as pessoas. Na opinião dele, profissões irão desaparecer e a indústria irá contratar cada vez menos funcionários, pois irá se automatizar: “Para onde irão migrar essas pessoas? Vão migrar para o setor de serviços, que será o grande empregador da população mundial e temos que estar prontos para isso”, alertou.
Ele acredita que a crise econômica tenha iniciado com a constituição de 1988, que previu uma série de despesas, mas não a receita. O governo Dilma tinha, segundo o vice-presidente, a ideia de que “gasto é vida”, o que fez surgir uma nova matriz econômica baseada no endividamento e valorização do câmbio. “Desde 2014, o país está no vermelho e esse ano a previsão de vermelho é R$ 139 bilhões”, detalha.
Para sair deste cenário, Mourão frisou da importância da aprovação da Reforma da Previdência, da desvinculação do orçamento, da redução do número de Ministérios, do corte de gastos com cargos comissionados, entre outras coisas. O vice-presidente acredita ainda que são com as privatizações e com mais concessões que a economia voltará a crescer. Ele disse que o Governo Federal está trabalhando para estimular o empreendedorismo e desburocratizar a abertura comercial.
Saiba mais: Lideranças falam sobre expectativa da visita do vice-presidente Mourão
"Esperamos e já temos sinal positivo de que o tabaco será tratado de forma diferente"
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