Política

Presidente do Legislativo dá detalhes sobre suspensão de servidor em Santa Cruz

Publicado em: 06 de maio de 2025 às 19:00
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Foto: Nícolas da Silva/Grupo Arauto
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    Penalidade foi determinada pela Secretaria de Administração e Gestão no final da semana passada

    Presidente da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, Nicole Weber (Podemos) usou a tribuna na sessão dessa segunda-feira (5) para dar detalhes sobre a suspensão de um servidor da Prefeitura. O homem, atualmente vinculado à Secretaria de Serviços Públicos, foi afastado das atividades por 60 dias. A penalidade foi determinada pela Secretaria de Administração e Gestão no final da semana passada.

    Segundo a parlamentar, as informações foram repassadas para ela pelo secretário Matheus Ferreira. O servidor afastado não teve o nome divulgado na reunião do Legislativo. Em um discurso, Nicole Weber confirmou que a suspensão se deu, oficialmente, por conta de uma autorização irregular para que uma servidora permanecesse em casa e que a sindicância apontou outras práticas consideradas por ela como graves durante o trabalho da investigação.

    Ela recordou que, antes mesmo de assumir mandato, atuou como advogada de uma mulher apontada como vítima do mesmo servidor, que em 2022 atuava em outro cargo. Ao todo, segundo Nicole, mais de 29 vítimas relataram episódios de assédio moral e sexual com relação a ele. Ainda de acordo com Nicole, a decisão da sindicância interna na gestão passada recomendava a exoneração do servidor, mas a chefe do Executivo na época optou por aplicar a suspensão como medida disciplinar. A presidente da Câmara, no entanto, acredita que o processo poderá avançar a partir de agora.

    “Com tudo o que li, ouvi e testemunhei, não há outra solução a não ser a exoneração. As vítimas esperaram demais. Agora é o começo de uma nova era”, declarou. A parlamentar agradeceu ao governo municipal por ter dado andamento aos procedimentos e garantiu que seguirá acompanhando casos semelhantes. “Trabalhar com assédio moral e humilhação não é normal. Assédio sexual não é normal. Esta Casa e este mandato seguem abertos para acolher novas denúncias. As vítimas estão protegidas”, reforçou.

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