Eduardo Elias Wachholtz
Projeto de construção da ciclofaixa, conforme Executivo, também se mantém
Um ano após as enchentes que atingiram o Vale do Rio Pardo, a principal ligação entre Vera Cruz e Santa Cruz do Sul dá sinais de recuperação. A ERS-409, atingida pelas cheias na altura do Bairro Bom Jesus, na Capital das Gincanas teve seus pontos mais críticos restaurados. Agora, a atenção das equipes da Secretaria de Obras, Saneamento e Trânsito de Vera Cruz se volta à reconstrução dos acostamentos, danificados pela força da água.
Segundo o secretário Maiquel Aretz, o trabalho ao longo dos últimos meses foi intenso, com prioridade para os principais acessos ao município. “Logo após as enxurradas, nos dedicamos a restaurar os pontos mais críticos, como a ERS-409. Tivemos que repor cerca de 3,5 mil metros cúbicos de terra, algo em torno de 250 cargas, para estabilizar o solo no trecho entre Vera Cruz e Santa Cruz, especialmente do lado direito da via, que foi o mais comprometido”, detalha.
Um ponto que recebeu atenção especial foi a preservação do túnel verde, formado pelas tipuanas às margens da rodovia. As árvores, segundo o secretário, auxiliaram na contenção da erosão e ajudaram a preservar o asfalto. “As raízes ficaram expostas após a enchente, o que representava risco de queda, especialmente com o vento e a passagem da rede elétrica que abastece cerca de 70% do município. Restaurar essa área foi prioridade”, enfatiza.
Projeto da ciclofaixa será mantido
Mesmo com os danos nos acostamentos, o projeto de construção de uma ciclofaixa ligando Vera Cruz a Santa Cruz do Sul não foi descartado. Pelo contrário, segue em andamento. De acordo com o secretário, já foram concluídas etapas técnicas e uma parte do projeto está em fase de licitação. “Vamos fazer o reperfilamento, que é a substituição do asfalto danificado, e criar uma nova base lateral, garantindo a segurança do acostamento”, explica.
Interior também foi restaurado
Além da ERS-409, as regiões do interior de Vera Cruz receberam atenção especial no período pós-enchentes. As áreas mais afetadas foram as do sul do município, como Albardão e Coxilha Mandeli. Todas as estradas vicinais afetadas já estão recuperadas e com tráfego liberado. “Em Albardão, por exemplo, tivemos uma ruptura severa antes da ponte, o que exigiu um trabalho intenso durante dois a três meses. Já em Coxilha Mandeli, um acesso importante para Candelária também precisou de intervenções”, relata.
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