Eduardo Elias Wachholtz
Mobilização envolveu moradores, voluntários, empresas privadas e o poder público
Existe um ditado popular que diz que a união faz a força. Em Vera Cruz, essa frase ganhou sentido literal há um ano, quando o município enfrentou uma das enchentes mais severas de sua história, nos meses de abril e maio. O que se viu após a tragédia foi um esforço coletivo que envolveu moradores, voluntários, empresas privadas e o poder público, todos unidos por um objetivo comum – reconstruir e recomeçar.
Desde as primeiras horas após a cheia, ações de solidariedade se espalharam pela cidade. Houve arrecadação de donativos, mutirões de limpeza, apoio às famílias desabrigadas e operações de busca e resgate. No entanto, um dos exemplos mais marcantes de união aconteceu nas estradas com a recuperação emergencial de três rodovias que haviam sido destruídas pela força das águas e não podiam ser utilizadas.
Com a ponte sobre o Rio Pardinho, na RSC-287, danificada, além de problemas estruturais na ERS-409 e ERS-412, Vera Cruz ficou temporariamente isolada por terra. A urgência da situação exigia mais do que protocolos. Exigia ação rápida e colaboração. “Estávamos com nossas rodovias interrompidas, com rompimentos em vários pontos, mas a comunidade respondeu. Em uma tarde, conseguimos reconstruir o acesso da ERS-409”, recordou.
A mobilização incluiu também a sociedade civil organizada. As tradicionais equipes de gincana de Vera Cruz, redirecionaram toda a energia para ajudar na crise. O evento, inicialmente previsto para ocorrer de 7 a 10 de junho, foi cancelado para que os esforços fossem concentrados no acolhimento das famílias atingidas. Paulo Altieri, integrante da equipe Xiruz, lembra com orgulho da atuação dos gincaneiros.
“Sempre foi fácil mobilizar o pessoal para questões sociais. Desta vez, a resposta foi ainda mais rápida. Tivemos integrantes ajudando o Corpo de Bombeiros, outros organizando doações, roupas, alimentos. As equipes deram apoio em várias frentes. A estrutura da gincana permitiu mobilizar muitas pessoas em pouco tempo”, explicou.
Ficou interessado e quer saber mais? Esse é um dos pontos abordados no podcast que o Grupo Arauto produziu sobre o primeiro anos das enchentes em Vera Cruz. Ouça:
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