Médica geriatra orienta sobre alimentação saudável e exercícios para o corpo e a mente
Chegar bem à terceira idade. Quem não quer? E para isso, cuidados com alimentação, exercícios físicos e treinamento cognitivo são necessários, segundo a médica geriatra Mariana Tocchetto Pritsch, entrevistada desta semana do Arauto Saúde. Segundo ela, somente 25% do envelhecimento é determinado pela genética. Os outros 75% são resultados dos hábitos cultivados durante a vida e das escolhas feitas. “Não é porque temos histórico familiar de alguma doença que vamos ter esta doença. Se adotarmos hábitos saudáveis, teremos a chance maior de um envelhecimento mais adequado”, observa.
Entre as dicas de Mariana está a realização de exercícios de força, resistência e com peso, que evitam a perda de massa muscular. “Isso reduz o risco de queda e deixa o paciente mais autônomo”, conta. Também é importante atentar, segundo ela, a uma alimentação rica em verduras, frutas, alimentos integrais, ricos em antioxidantes e omega 3, como azeite de oliva e peixe. Fechando esse “tripé”, destaca a médica, está o treinamento cognitivo, como jogar cartas, assistir filmes, ler livros e manter o cérebro sempre ativo. “Esses três são um combo para um envelhecimento saudável”, frisa.
Muito presente na rotina dos idosos nos dias de hoje, o uso de computador, celular, internet e redes sociais, na visão de Mariana, só traz benefícios. “Tudo isso previne a perda de memória, estimula o raciocínio, faz com que o idoso resgate laços familiares e sociais”, comenta a profissional, ao destacar que através de toda essa tecnologia o idoso consegue acompanhar notícias, fatos históricos e discutir com as outras pessoas. “Isso só vem agregar à saúde mental”, acrescenta.
Atrelado a esses cuidados/dicas, é importante, ainda, visitar um médico, pelo menos uma vez por ano, a partir dos 40 anos. “A consulta servirá para medir pressão arterial, fazer exame físico, verificar os fatores de risco de doenças cardiovasculares e de câncer”, diz. “Vendo a idade do paciente e o histórico dele, vamos decidir quais exames fazer – se laboratoriais, de imagens ou de rastreamento – e então definir a melhor conduta e o plano de cuidado”, detalha.
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