Conforme apontado nas investigações, o arsênico estava na farinha utilizada para realizar o doce
A Polícia Civil realizou, na manhã desta segunda-feira (6), uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre a investigação do caso do bolo contaminado e que matou três pessoas da mesma família em Torres, em dezembro do ano passado.
Conforme a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann Mittmann, foi descartada a possibilidade de contaminação natural ou que algum ingrediente estivesse estragado.
Segundo apontado pela investigação, o arsênio que causou as mortes e deixou outras três pessoas internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UIT), estava na farinha encontrada na casa de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, de 61 anos, em Arroio do Sal.
A polícia analisou 89 amostras e em uma dela, a da farinha, constou uma altíssima concentração de arsênio. “A concentração encontrada nessa farinha chega a 65 gramas por quilograma de farinha. Isso significa em torno de 2,7 mil vezes maior do que a concentração encontrada no bolo”, explicou a diretora-geral do IGP.
Nesse domingo (5), a suspeita do envenenamento foi presa temporariamente pela Polícia Civil. Trata-se da nora de Zeli. O nome da investigada não foi divulgado pela polícia, mas as duas teriam uma desavença antiga.
Ainda de acordo com a polícia, novas investigações buscam identificar se o alvo da suspeita seria somente a sogra ou toda a família. Além disso, os agentes querem descobrir a origem do arsênio utilizado para contaminar o bolo.
Com o desenrolar da história, o corpo do marido de Zeli, morto por intoxicação alimentar em setembro de 2024, vai passar por exumação. Para polícia, as coincidências levam a crer que tenha acontecido envenenamento também neste caso.
A Polícia Civil aguarda agora o resultado da análise de dois celulares encontrados com a nora de Zeli. No final da semana a Justiça quebrou o sigilo, o que deu permissão para perícia fosse realizada.
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