Casos tem tido um aumento significativo desde o mês de outubro do ano passado
Duas novas modalidades de golpes aplicados por estelionatários estão na mira da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul: a clonagem e a invasão do Instagram. A prática consiste no acesso de criminosos aos perfis tanto de estabelecimentos comerciais, quanto de pessoas físicas – geralmente em contas mais visadas – e, a partir disso, inicia a venda de produtos dos locais ou ainda, de itens como móveis, eletrodomésticos e eletrônicos por preços muito atrativos. Os casos ocorrem desde o ano passado mas têm tido uma crescente desde outubro do ano passado. Hoje, chegam diariamente à delegacia.
Na clonagem, os estelionatários entram nos perfis das empresas no Instagram, pegam todos os dados e fotos para criar um outro perfil falso, como explica a titular da 1ª DP, delegada Ana Luisa Aita Pippi. "Eles colocam o mesmo nome, apenas trocam uma letra, um caractere que for e criam um novo site. Aí a pessoas entra sem querer, sem verificar o tempo de publicação das fotos e o número de seguidores, jura que está no perfil certo mas não é. E isso vem acontecendo e trazendo prejuízos para os estabelecimentos comerciais da cidade onde eles são lesados, porque as pessoas fazem pedidos no perfil errado e também com os próprios consumidores", detalha.
Já no caso da invasão dos perfis, o modo de agira é muito semelhante ao que ocorre com o WhatsApp. "Quando tu está em algum site, clica em alguma coisa e, de imediato, é feito um contato por um sms emitindo um código. Através dele, eles invadem o teu celular, porque quando o número é clonado se tem acesso a todos os teus dados. Com isso, os estelionatários entram no Instagram da vítima, alteram os dados e começam as postagem de vendas de produtos com preços atrativos e muito abaixo do mercado. Aí eles entram em contato com os seguidores e contam a história do amigo que está indo embora ou precisando de ajuda. Como os preços são bons e as pessoas confiam no dono do perfil, acabam comprando e, após o depósito, percebem que é golpe", afirma a delegada.
Ainda, de acordo com a delegada Ana Luiza, em ambos os casos a forma de tirar o perfil fake do ar ou reverter a conta original é difícil pelo fato de que é preciso fazer contato com o Facebook – responsável pelas redes – o que pode demorar dias e até meses. Contudo, a orientação é para que as pessoas não bloqueiam o número do celular. "As vítimas precisam entrar em contato com o Facebook para poder tirar do ar o perfil rackeado. Se bloquear o número, não é possível reverter conta. Além disso, orientamos como primeira medida as pessoas avisar aos contatos que foram uma vítima do golpe, pedir para que não compre nada e quem já foi lesado, que procure a Polícia Civil e registre a ocorrência o quanto antes, com cópias dos comprovantes de depósito e documentos. Isso vai facilitar e agilizar nosso trabalho", destaca.
O alerta também é para que as pessoas fiquem bastante atenta aos preços que são oferecidos. "Quando o preço é muito abaixo do mercado, desconfiem porque é golpe. Ninguém vende um Iphone 11 por R$1,2 mil, por isso é preciso cuidado. Para o golpista, qualquer valor é lucro. Portanto, pedimos que as pessoas se atentem aos valores. O mesmo vale para os sites de venda, sempre confiram a informação para ver se realmente procede", enfatiza a delegada. Em um dos casos registrados na PC nesta semana, uma vítima perdeu R$3,2 mil após adquirir dois produtos oferecidos pelo Instagram.
Após os registros, a Polícia Civil inicia de imeadiato a investigação para identificar os criminosos. "É um trabalho difícil porque, nesses casos, podem ser pessoas daqui, de fora do Estado ou até dos presídios. Nós buscamos os estelionários rastreando a conta que recebeu o depósito, através de pedidos judiciais, por isso reforçamos o pedido para que quem for vítima, venham fazer a ocorrência o quanto antes porque dessa forma conseguimos agir mais rápido para tentar reverter a situação", salienta Ana.
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