Política

“O resultado da votação foi o reconhecimento do trabalho, das relações pessoais e da fidelidade política”, diz Alberto Heck

Publicado em: 03 de dezembro de 2020 às 15:41 Atualizado em: 23 de fevereiro de 2024 às 07:34
  • Por
    Milena Bender
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Vereador do PT foi reeleito com 1.320 votos. Essa foi a oitava participação do candidato no pleito municipal

    Voz ativa nas comunidades do interior e na luta pelos direitos dos servidores públicos, Alberto João Heck poderá dar continuidade ao trabalho desenvolvido na Câmara de Vereadores durante o último ano, por mais um mandato. Apesar de ter retornado ao Legislativo após a renúncia de Paulinho Lersch, em junho do ano passado, o professor de história conseguiu a reeleição e, em sua oitava participação no pleito municipal pelo PT, foi o sexto vereador mais votado, somando 1.320 votos.

    Ao longo da trajetória política, Heck foi eleito por três vezes (1996, 2012 e 2020) e foi primeiro suplente por quatro oportunidades. No ano de 2002, atuou como Diretor na Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do Estado e, de 2009 a 2012, assumiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento de Santa Cruz.

    Para o vereador, que tem atuações como sindicalista e líder comunitário, a reeleição foi o reconhecimento do trabalho já feito e da apoio de muitas pessoas que se engajaram na campanha. “A partir do retorno à Câmara, ainda que numa situação muito constrangedora, acabaram surgindo algumas situações que nos possibilitaram protagonismo e visibilidade no mandato. Pessoas foram se aproximando, nos motivando e cobrando a ocupação de um espaço dentro do partido. O resultado da votação foi, em grande parte, reconhecimento do trabalho, das relações pessoais, da coerência e fidelidade política", destaca.

    Oposição ao Governo e trabalho no Legislativo

    Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) há mais de 30 anos, Heck já manifestou ao governo eleito a condição de vereador de oposição. No entanto, afirmou que estará aberto ao diálogo e atuando de forma equilibrada para o bem do município. “Temos ciência do papel do vereador, de aprovar, propor leis e exigir seu cumprimento, além de fiscalizar o Executivo na implementação de políticas públicas e na utilização e aplicação dos recursos públicos. Vamos trabalhar para que a Administração respeite a autonomia, a independência e a legitimidade da Câmara, sem a necessidade de negociar cargos e favores. E também para que Legislativo não se submeta a isso", expôs.

    Quanto ao trabalho no Câmara, o vereador eleito disse que, apesar de atuar em todas as áreas, temas como educação, valorização do serviço público, investimentos na diversificação, agroecologia e valorização da agricultura familiar, além das questões ambientais, defesa do Direitos Humanos e um maior espaço para o esporte, cultura e lazer serão prioridades durante aos próximos quatro anos.

    Os desafios da campanha e a identificação com o partido

    Em um ano atípico devido à pandemia, o período de campanha também foi um tanto quanto diferente. Conforme Heck, mesmo com um trabalho intenso nas redes sociais, o contato pessoal não foi completamente dispensado. “Apesar da importância das redes, muitas pessoas entendem esta relação superficial e preferem o olho no olho, ou até mesmo conhecer pessoalmente o candidato. E isto nos fez caminhar muito mais”, relatou. Caminhada essa, que contou com a colaboração de muitas pessoas, seja na linha de frente ou de forma mais reserva, mas auxiliando a multiplicar os votos. “O apoio de muitos colaboradores que nos emprestaram a sua confiança e credibilidade pessoal ao pedirem o voto para nossa candidatura, foram fundamentais para a reeleição”, acredita.

    Além do desafio da campanha, Alberto Heck também teve que lidar com críticas a respeito de sua candidatura pelo PT. Contudo, apesar da chateação, ele defendeu a relação e identificação com a sigla e encarou as opiniões contrárias como um desafio a ser vencido. “Algumas pessoas achavam que eu deveria trocar de partido para tentar, ao menos garantir um cargo, pois não me elegeria mais pelo voto. Inicialmente, senti uma pequena mágoa pelo conceito que a maioria das pessoas têm da política e dos políticos. Depois, interpretei como uma provocação e um desafio, porque a maioria dos cidadãos diz que não vota em partido e sim na pessoa. Minha história, coerência e convicção estão nos princípios do PT, que defende os trabalhadores, os excluídos e os menos favorecidos. Não tem como e nem porque fugir disso", considerou.