Política

Após denúncia de fios soltos em Santa Cruz, projeto quer permitir corte imediato pela Prefeitura

Publicado em: 03 de junho de 2025 às 17:00
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Foto Ilustrativa | Divulgação
    compartilhe essa matéria

    Vereador Cléber Pereira deve apresentar proposta para dar maior autonomia ao Município

    Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul nessa segunda-feira (2), o vereador Cléber Pereira (União Brasil) utilizou a tribuna para abordar a problemática envolvendo a fiação elétrica exposta em ruas da cidade, muitas vezes em conflito com a arborização urbana. Segundo o parlamentar, a ausência de respostas rápidas por parte dos órgãos responsáveis tem gerado insegurança para a população.

    No discurso, Cléber citou ruas como a Olaria e a João Kirst, onde, conforme relatou, o emaranhado de fios instalados de forma inadequada, aliado à proximidade com árvores, representa risco à comunidade. Ele afirmou que, mesmo após diversos pedidos encaminhados, a situação segue sem solução. “Encaminhamos para a Defesa Civil, que disse que a responsabilidade era do Município. O Município afirmou que seria da RGE. E a partir daí, continuamos jogando a responsabilidade de um lado para o outro, sem solução. Até agora, não tivemos retorno”, criticou.

    Diante da situação, o vereador anunciou que deverá protocolar, nos próximos dias, um projeto de lei que visa regulamentar a gestão de fios e a iluminação pública no município. A proposta estabelece que, quando a fiação estiver a uma altura inferior a 4,5 metros, a responsabilidade pela manutenção dos fios passe a ser do Executivo Municipal, o que, segundo ele, daria mais agilidade à resolução de problemas e evitaria acidentes.

    Cléber lembrou que, durante uma gestão anterior, a Prefeitura realizou uma ação para o corte de fios excedentes, mas reforçou que a medida ainda é insuficiente diante da desorganização visível nas vias da cidade. “Santa Cruz do Sul ainda tem um grande número de fios soltos e desordenados. Isso representa um risco real. Recentemente, em Porto Alegre, um jovem morreu ao entrar em contato com um fio esticado. Não queremos que isso aconteça aqui”, alertou.

    O projeto também prevê que, caso as empresas responsáveis não realizem a manutenção dentro do prazo determinado após notificação, o Município poderá intervir diretamente, realizando o corte dos fios considerados perigosos sem necessidade de autorização prévia. “Não importa o prejuízo das empresas. O que importa é a segurança da população. O Município precisa ter autonomia para agir”, enfatizou o vereador. Apesar das críticas, Cléber Pereira elogiou o atendimento prestado por Eduardo Döring, gestor regional da RGE, mas lamentou a lentidão nas respostas e a constante transferência de responsabilidades entre os entes envolvidos.