Prejuízos deixados pelas inundações somados aos elevados custos colocam a região em desvantagem em comparação com outras partes do país
As enchentes registradas em setembro de 2023 e maio de 2024 deixaram um rastro de destruição e desafios no Vale do Taquari. Após a catástrofe climática, uma das preocupações da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) é à saída de empresas por conta das dificuldades logísticas e receio de novas inundações na região.
Os prejuízos deixados pelas enchentes somados aos elevados custos logísticos devido à localização geográfica do Rio Grande do Sul colocam a região em desvantagem em comparação com outras partes do país. Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o prefeito de Sério e presidente da Amvat, Moisés de Freitas, citou o exemplo da integração de aves e suínos, algo muito forte na região, que depende do transporte de milho de localidades distantes do país, resultando em valores mais elevados. “Esse custo é maior para nós do que para eles que estão lá na volta. Sem sombra de dúvida, é uma dificuldade”, lamentou.
Em relação à saída e fechamento de empresas do Vale do Taquari e do Estado, Freitas expressou sua preocupação. Ele relembrou a dificuldade de uma cooperativa, referência no setor nos segmentos de aves, laticínios, rações e varejo, que teve dificuldades de se reerguer após a tragédia climática. “Nós tememos muito por essa situação. O Rio Grande do Sul tem esse prejuízo, e a nossa preocupação e dos demais prefeitos é muitas empresas indo embora. Inclusive, algumas já saíram dos seus municípios. Felizmente, só trocaram de cidade. Mas e aquele perigo de empresas saírem do Rio Grande do Sul ou até fecharem as portas? Esse temor nós temos”, declarou.
O presidente da Amvat também abordou as preocupações em relação à próxima concessão de pedágios, alertando que uma má concessão poderia agravar ainda mais a situação, afetando negativamente a atratividade da região para novos investimentos.
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