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Oncologia: Lado a lado na jornada com o paciente

Publicado em: 03 de abril de 2023 às 08:31 Atualizado em: 13 de março de 2024 às 10:56
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Bia de Moura/Grupo Arauto
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    Dra. Sheila Calleari Marquetto explica os tipos e a importância dos tratamentos da área

    O oncologista é o especialista em clínica médica direcionada para o tratamento de câncer. É o profissional que vai ter as atribuições de cuidar de pacientes que apresentam tumores malignos em seu organismo, tendo capacitação para dirigir a ação de medicamentos necessários e atuar na clínica médica. 

    Atualmente, existem alguns tipos de tratamentos que são mais conhecidos e mais utilizados para tratar pacientes diagnosticados com algum tipo de câncer: Imunoterapia, Quimioterapia e Radioterapia. Cada um desses tipos age de uma forma específica, e muitas vezes são utilizadas em conjunto por apresentarem diferentes resultados no tratamento.

    Imunoterapia

    Este tratamento visa fortalecer o sistema imunológico do paciente, para que o próprio organismo possa combater o avanço da doença. São usados medicamentos capazes de restaurar a capacidade do organismo de reconhecer e destruir as células tumorais. “Neste caso, o medicamento reconhece as células cancerígenas como as verdadeiras inimigas do organismo” explica a oncologista Dra. Sheila Calleari Marquetto. 

    Quimioterapia

    A quimioterapia é um tratamento muito utilizado na tentativa de destruir as células tumorais. São administrados medicamentos por via endovenosa que, misturados na corrente sanguínea, circulam por todo o organismo destruindo as células cancerígenas que estão formando o tumor e impedindo também, que elas se espalhem pelo corpo. É um tratamento amplamente difundido e que tem sido aperfeiçoado para gerar menos desconforto ao paciente. “O tempo de aplicação de medicação pode variar bastante para cada quadro. Há casos que o paciente fica recebendo medicação por 20 minutos, em outros casos leva cinco ou seis horas. Existem ainda as situações que o paciente leva uma bomba de infusão para casa, fazendo a aplicação com controle maior de tempo de vazão e infusão das substâncias no organismo”, explica Marquetto.  

    Radioterapia

    A radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes que servem para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. A radioterapia é um tratamento que auxilia muito na melhora da qualidade de vida dos pacientes, mesmo quando não é possível obter a cura. As aplicações de radiações terapêuticas contribuem na redução do tumor, o que leva a diminuição de dores, hemorragias e outros sintomas. 

    A radioterapia pode ser usada em conjunto com outros tipos de tratamento, como os medicamentos quimioterápicos, mas isso depende totalmente da avaliação médica de caso da doença. “Na radioterapia, diferente da quimio, é feito o tratamento diário. É feito de forma localizada, enquanto na quimioterapia o tratamento atinge todas as células do corpo. É bem mais rápido, com duração de cerca de dez minutos por dia. E é feito um cálculo para cada paciente de quanto ele pode receber de radiação, até para que não corra o risco do tratamento atingir células saudáveis do corpo”, salienta Sheila. A radioterapia pode estar indicada para tumores iniciais até tumores metastáticos.

    Quando o tratamento é tratado como agressivo

    Devido aos estereótipos e às dificuldades relacionados ao câncer, as pessoas temem as mudanças que suas rotinas sofrerão caso seja confirmada a existência da doença em suas vidas.

    Isso acontece porque o senso comum estabeleceu uma imagem do câncer bastante estereotipada, com pacientes debilitados, sem cabelo e em situações de muita fragilidade. No entanto, isso não corresponde totalmente à realidade.

    É um temor compreensível, porém ele não pode ser maior do que a busca por cuidados e bem-estar dos pacientes. O câncer realmente é uma doença que assusta, mas estamos caminhando para um momento em que existem recursos e possibilidades maiores que agem em benefício desses pacientes. 

    Em dez anos de atuação na área oncológica, eu tive raros casos de pacientes que não quiseram tratar. As pessoas buscam tratamento porque entendem a importância dele. É normal ter medo do desconhecido que chega para modificar a forma como você vive e encara a vida, mas a ciência cada vez mais avança para melhorar os métodos, os resultados e os efeitos colaterais dos tratamentos”, pontua a Dra. Sheila Marquetto. 

    A doutora também explica a importância de ter um tratamento com uma equipe multidisciplinar. “Hoje em dia, não é possível tratar um paciente oncológico de forma solitária. É por isso que o tratamento com outras áreas de atuação é tão valorizado. É fundamental poder contar com profissionais de Nutrição, Psicologia, Assistência Social, entre outros. Tudo é somado para fortalecer o tratamento”, salienta. 

    Prevenção

    É muito importante reforçar que o diagnóstico precoce é um forte aliado no processo de tratamento e, por isso, o quanto antes for constatada a presença do câncer, mais cedo e menos agressivo será o procedimento de contenção e cuidados sobre ele. “O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, enquanto o de próstata é líder entre os homens. Nesses dois casos, há campanhas frequentes falando sobre a conscientização e a necessidade de se fazer exames. O câncer, quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura e de um tratamento mais tranquilo”, finaliza Marquetto. 

    Atendimento

    A Dra. Sheila Calleari Marquetto é responsável técnica na Clínica Saint Gallen em Santa Cruz do Sul (Rua Marechal Deodoro, 1139 – Centro) e também atende na filial, em Venâncio Aires (Rua General Osório, 1430 – 01 – Centro). A médica também é a responsável pela Oncologia Clínica do Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, atuando no COI (Centro de Oncologia Integrado) e no Centro de Especialidades Médicas do Hospital Ana Nery.