Sindicato dos Comerciários envia ofício ao MP para evitar passagem ao custo de R$ 3,50

Desde o dia 14 de dezembro, quando foi anunciado o aumento de R$ 0,50 no transporte urbano de Santa Cruz do Sul, a comunidade se manifesta contra a medida. Em agosto de 2016, a passagem já havia mudado de R$ 2,80 para R$ 3,00. Um dia antes do valor de R$ 3,50 entrar em vigor, o Sindicato dos Comerciários do município enviou ao Ministério Público um ofício que pede que o aumento não seja concretizado.

Segundo o presidente do Sindicato, Afonso Schwengber, não é permitido realizar dois reajustes em menos de 12 meses. "Está na legislação e, mesmo assim, em cinco meses os dois reajustes somam 25%", explica. Ele ainda ressalta que a intervenção ao MP foi realizada por não acharem justo a comunidade pagar por dois aumentos em pouco tempo. "Essa licitação não foi discutida com os representantes e com os interessados que precisam utilizar o transporte público", afirma. Agora, o Sindicato torce para que o MP aceite o ofício e entre com uma liminar para que o reajuste só entre em vigor em agosto, quando completa 12 meses do último.

Momento de crise

Afonso Schwengber lembra que as pessoas no geral não estão em um momento financeiro positivo e que não podem ser penalizadas dessa forma. "São 25% de reajuste. Não adianta dizerem que vai ter ar-condicionado, rampa e mais qualidade no serviço. Isso deveria ter de qualquer forma. Não podem usar disso para justificar o reajuste", diz. O presidente ainda destaca que quem mais sai prejudicado é justamente quem não consegue ter outras opções de transporte e quem mais precisa economizar. Ele ainda lembra que o bilhete único, que permite ao usuário utilizar mais do que um ônibus para chegar ao seu destino, ainda não funciona na cidade. "As pessoas não deveriam pagar duas passagens para irem a lugares tão próximos por falta de linha", fala.

Cara nova no transporte urbano de Santa Cruz

Transporte terá aumento de 50 centavos em Santa Cruz e vai contar com 12 novos ônibus