Saúde

Aumento de casos de mão-pé-boca alerta pais; saiba como prevenir e cuidar

Publicado em: 02 de junho de 2025 às 07:00
  • Por
    Kássia Machado
  • Foto: Wikimedia Commons / Reprodução
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    Alta de diagnósticos vem sendo percebida no dia a dia dos consultórios e reforçada pelos relatos de surtos em escolas e creches

    O número de casos da síndrome mão-pé-boca tem aumentado significativamente nas últimas semanas na região. Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, as pediatras Raquel Vargas e Clarissa Aires explicaram que a alta de diagnósticos vem sendo percebida no dia a dia dos consultórios e reforçada pelos relatos de surtos em escolas e creches. Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dois ou mais casos num mesmo ambiente já são suficientes para configurar um surto.

    A síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie e se propaga com facilidade por gotículas respiratórias, secreções orais e até mesmo por via fecal-oral. “A criança bota tudo na boca, então é fácil de transmitir. Ambiente escolar é propício pra isso”, esclareceram. Um agravante é que o vírus pode ser transmitido mesmo antes do aparecimento dos sintomas e continuar circulando por várias semanas, sendo mais contagioso nos primeiros sete dias da doença.

    Os principais sintomas são lesões de pele, que aparecem nas mãos, nos pés e na boca. Elas começam como pequenas manchas avermelhadas e evoluem para vesículas com secreção, que podem causar bastante incômodo. Também podem surgir febre, dor de garganta e grande dificuldade para se alimentar. “As lesões da boca, da mucosa oral, são dolorosas. E esse é um dos maiores problemas em relação ao risco dessa doença, já que o risco principal é a desidratação”, destacaram. Em casos mais graves, pode ser necessário internar a criança para hidratação intravenosa. No entanto, na grande maioria, os sintomas são considerados leves.

    Atualmente, não existe vacina ou tratamento específico para a mão-pé-boca. A abordagem é sintomática, e a criança pode contrair a doença mais de uma vez. Apesar de mais comum em crianças menores de cinco anos, adultos também podem ser acometidos, embora com menor frequência.

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