Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, foi baleado com um fuzil enquanto cumpria mandado de prisão
A morte do inspetor de polícia Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, comoveu o Estado nesta quarta-feira (2) e também mobiliza ação de protesto. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) convoca os colegas de profissão a realizar um sirenaço e uma paralisação em homenagem a Lopes, que faleceu enquanto trabalhava. A manifestação deve acontecer em todos os municípios gaúchos, das 8h às 18h desta quinta-feira (3).
O policial trabalhava na Delegacia de Homicídios de Canoas e foi baleado enquanto participava de uma operação para cumprimento de mandado de prisão de um foragido ligado a uma facção criminosa gaúcha. A operação contava com mais de 20 policiais e foi recebida a tiros quando chegava ao sítio, onde estavam os criminosos. A operação tinha como alvo um integrante de uma das maiores facções criminosas do RS.
Um dos tiros atingiu o inspetor que usava colete à prova de balas. Colegas levaram o inspetor para o hospital, onde médicos tentaram submetê-lo a cirurgia, mas ele não resistiu.
O suspeito de ter sido o autor dos disparos contra Lopes, Valmir Ramos, vulgo “Bilinha”, também é conhecido da polícia por ter fugido da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de São Leopoldo no dia 25 de novembro de 2016.
De acordo com Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm, pediu providências para evitar novas mortes. “Leandro é mais uma vítima da violência que tomou conta do nosso Estado. Precisamos tomar medidas imediatas. São os nossos colegas que estão morrendo. Essa tragédia acontece em mais um mês que os Policiais Civis trabalham sem salários. Não podemos deixar que a situação do RS chegue ao ponto do Rio de Janeiro, onde os policiais viraram alvos dos bandidos. A morte de um policial não pode ser banalizada. É o Estado e a sociedade que está sendo afrontada e desafiada. Não podemos aceitar isso”, afirma Ortiz.
Leandro era ex-policial militar e ingressou na Polícia Civil no ano passado, na última turma de aprovados para o concurso público para a corporação, e havia concluído em dezembro o curso de formação. Ele era casado e deixa uma filha recém-nascida.
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