Geral

Inmetro pretende regulamentar carros alegóricos

Publicado em: 02 de março de 2017 às 08:21 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 12:58
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    compartilhe essa matéria

    Medida ocorre após dois acidentes no Rio de Janeiro

    O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) vai reunir, no fim deste mês, todos os agentes envolvidos nos acidentes com carros alegóricos de escolas de samba neste carnaval no Rio de Janeiro. O Inmetro pretende regulamentar esse tipo de veículo.

    A informação foi dada pelo presidente do órgão, Carlos Augusto de Azevedo. Participarão do encontro representantes da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), entre outras instituições.

    Após o painel setorial, será constituído grupo de trabalho para fazer a regulamentação dos carros, a partir de medidas de curto, médio e longo prazos que serão tomadas. “Com isso, entendemos que diminui a possibilidade de acidentes, de falhas no material”, disse o presidente do Inmetro.

    Azevedo informou que serão definidos parâmetros e medidas para os carros alegóricos em um processo semelhante ao feito pelo Inmetro com ônibus escolares. “Certificamos o projeto desses ônibus e depois verificamos se, quando aquele ônibus foi entregue, está dentro das características contratadas.”

    No caso dos carros alegóricos, o Inmetro pretende verificar ainda se o projeto foi feito para suportar determinada carga. Azevedo lembrou que o órgão já inspeciona veículos modificados, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Até agora, o Inmetro não inspecionava carro alegórico porque esse tipo de veículo não trafega normalmente no trânsito.

    Abrangência

    Segundo o presidente do Inmetro, as próprias escolas de samba têm interesse em certificar os carros e o material usado para que tudo corra bem nos desfiles. De acordo com Azevedo, problemas de financiamento podem ser resolvidos pela prefeitura, com o lucro obtido no carnaval. “Existem mecanismos de financiamento dessa coisa, que é um grande espetáculo e gera renda para a cidade.”

    Carlos Augusto de Azevedo disse que a ideia é que a regulamentação tenha abrangência nacional. Segundo ele, deve ser feito um regramento para cada tipo de carro alegórico, englobando o peso que cada um suporta, verificação das soldas e do material utilizado. O processo inclui a realização de testes e ensaios após a conclusão do projeto. “A diferença é essa. Você vai fazer medidas sobre aquele produto e, depois de pronto, vai ensaiar [testar] aquele carro para ver se está bem, como fazemos com os outros veículos.”