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19 cães esperam por um lar em Vera Cruz

Publicado em: 02 de março de 2017 às 07:53 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 12:58
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto
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    Banzé teve a chance de ser adotado. Outros animais estão na Associação Mãos e Patas

    Era 12 de fevereiro de 2013, uma terça-feira de Carnaval. A vera-cruzense Marciane Becker tem viva na memória a lembrança de ir para o trabalho, em Santa Cruz, no Distrito Industrial, quando se deparou com a cena. O asfalto estava vazio, sem nenhum movimento, já que poucas eram as empresas que funcionavam durante o feriadão da maior festa brasileira. Ela avistou um cãozinho cor de caramelo deitado, na beira da pista, com parte do corpo já dentro da via. Marciane achou que se tratava de mais um atropelamento, pois não havia qualquer movimento. Seguiu caminho, mas uma colega que estava no carro notou algo se mexer. O cãozinho abanou o rabo, era a única coisa que conseguia mexer. 

    Assim foi encontrado Banzé, adotado pela família Becker. Depois de voltar o carro, recolher o bichinho e deixar aos cuidados veterinários, Banzé foi dia a dia se recuperando. Estava faminto, com os ossos à mostra e as patas e o focinho queimados pelo sol intenso. “Ele nem conseguia ficar de pé, de tão fraco e desidratado. Não sei se ele teria durado mais um dia”, declarou ela. O cãozinho ficou três dias sob cuidados e o lar temporário da família Becker logo se tornou definitivo. “Avisa lá que o Banzé já tem uma casa”, recorda Jaime, pedindo para a esposa avisar na Associação Mãos e Patas que a adoção estava feita. E mostra que a troca de sentimentos foi instantânea. A história de Banzé e outras mais estão na edição impressa do Nosso Jornal.

    19 cães esperam por um lar

    A Associação Mãos e Patas, em parceria com a Prefeitura, faz um trabalho intenso para dar um novo lar aos bichinhos abandonados. Hoje são 19 cães que esperam por adoção. É claro que tudo isso tem um custo. A presidente da ONG, Marcele Ricardo, estima um custo mensal médio de R$ 3 mil para manter os animais recolhidos. A Prefeitura contribui também com valor destinado a atendimento veterinário, cirurgias e hospedagem. Para conseguir efetuar este trabalho, portanto, a associação depende do dinheiro das contribuições da população, seja por meio de rifas, de venda de camisetas, enfeite de cuias e outras ações.
    Alguns cães – em situação mais grave – são encaminhados para clínica veterinária e os que estão saudáveis são hospedados em canil particular. Marcele explica que nessa época é difícil conseguir adotantes, o que mais ocorre são os abandonos. Alguns estão há mais de ano hospedados. 

    *Confira a matéria completa no Jornal Arauto desta quinta-feira (2)