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Michel Temer é notificado e Plenário vai analisar denúncia nesta quarta-feira

Publicado em: 01 de agosto de 2017 às 17:03 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 15:15
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Câmara dos Deputados
  • Foto: Agência Brasil
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    Presidente do Brasil foi denunciado pelo crime de corrupção passiva

    Foi lido em Plenário nesta terça-feira (1º) e enviado à publicação o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contrário à autorização para que o Supremo Tribunal Federal analise denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva.

    O parecer foi lido pela segunda-secretária da Câmara, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). Já a notificação de Temer ficou sob responsabilidade do primeiro-secretário da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR).

    Temer já foi notificado de que a Solicitação para Instauração de Processo (SIP) 1/17 será analisada pela Câmara amanhã, às 9h. Os procedimentosforam definidos durante o recesso parlamentar.

    A condução dos trabalhados vai depender do quórum. A discussão só poderá ser encerrada com 257 deputados presentes no Plenário, enquanto a votação depende da presença de 342 deputados registrados.

    Caso o Plenário siga o mesmo entendimento da CCJ, o caso será suspenso e só poderá ser analisado pela Justiça quando Temer deixar o cargo. Se o texto for rejeitado, fica o Supremo autorizado a analisar a denúncia.

    Denúncia
    Michel Temer foi denunciado ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva nas investigações decorrentes da delação de Joesley Batista, do grupo J&F.

    Temer foi acusado de ser beneficiário dos recursos entregues pela empresa ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que havia sido assessor especial da Presidência da República. Conforme a Constituição, um eventual processo contra o presidente da República no Supremo, por crime comum, só pode ser aberto com aval de 2/3 dos deputados (342 do total de 513).

    Parecer
    Em julho, a CCJ aprovou o parecer contrário ao andamento das investigações. O texto vencedor, por 41 votos a 24, foi o do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que rejeita a Solicitação para Instauração de Processo (SIP) 1/27, encaminhada pelo Supremo à Câmara após denúncia de Janot.

    No parecer, Abi-Ackel questiona a legalidade da gravação feita por Batista, que, na avaliação do deputado, conduziu uma “conversa maliciosa e mal intencionada”. Abi-Ackel também defende que, nos diálogos, não houve crime.

    “Em nenhum momento da gravação, há autorização do presidente Temer a Loures para atuar em tratativas que não se resumissem a ouvir e transmitir as reclamações do sr. Joesley Batista contra a alegada indiferença do governo”, diz o parecer.

    Dois ministros gaúchos serão exonerados para votar a favor de Temer na Câmara

    Dois ministros gaúchos serão exonerados para votar a favor do governo na análise da denúncia contra o presidente Michel Temer, por corrupção, no plenário da Câmara dos Deputados. São eles: Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), que atualmente estão licenciados do mandato de deputado federal.

    A exoneração será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (2). Assim, Assis Melo (PC do B) e Jones Martins (PMDB) deixam a Câmara.  A orientação foi confirmada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com o ministro, todos os deputados que comandam pastas na Esplanada serão devolvidos à Câmara para participar da votação. A intenção do Planalto é não apenas contar com os votos dos ministros, mas também reforçar os discursos a favor de Temer. 

    (Estas informações são da Zero Hora)