Médico alerta que influenza pode evoluir para um quadro grave quando, após sete dias, o paciente apresenta sintomas e piora
O número de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tem crescido em Santa Cruz do Sul e na região atendida pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. Segundo o infectologista Marcelo Carneiro, praticamente todos os pacientes internados recentemente no Hospital Santa Cruz com SRAG apresentavam complicações pós-influenza, especialmente pneumonias graves. “Isso é uma realidade, não é uma questão de estudos não, é vida real. Está notificado isso“, afirma.
O médico alerta que a gripe pode evoluir para um quadro grave quando, após cerca de sete dias, o paciente volta a apresentar sintomas como febre e piora do estado geral, o que indica uma possível infecção bacteriana secundária, como a pneumonia. “A gripe é uma doença de uma semana. Se depois de sete dias a pessoa volta a ficar doente ou não melhorar, ela está tendo uma complicação pós-viral, que é o que a gente está vendo no hospital, as pessoas estão vindo por pneumonia nos dois lados do pulmão e precisando de internação“, explica.
Conforme os dados da 13ª CRS, desde o início do ano já foram registrados 176 casos de SRAG na região, sendo 64 somente em Santa Cruz. Desses, dez casos foram confirmados como influenza, com três mortes. Outros seis foram diagnosticados como covid-19, com quatro óbitos. O profissional reforçou que os grupos mais vulneráveis são os idosos com mais de 60 anos e crianças pequenas, especialmente menores de um ano.
Outro ponto de preocupação é a capacidade hospitalar. Segundo o médico, os principais hospitais da região — Hospital Santa Cruz, Ana Nery, Vera Cruz e Sinimbu — estão com alta ocupação. “Nós temos que lembrar que as outras doenças continuam acontecendo, e que tem que ter espaço para todo mundo. Se aumentarmos muito as condições relacionadas a doenças respiratórias, que precisam ficar em isolamentos, aumenta o risco desses outros doentes pegarem influenza ou coronavírus por estarem internados. O cuidado maior que a gente precisa ter é a contagiosidade da doença relacionado ao convívio com outras pessoas“, destaca.
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