Polícia

Bando chamava vítimas pelos nomes

Publicado em: 24 de julho de 2017 às 18:25 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 15:03
  • Por
    Luciana Mandler
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Luciana Mandler/ Jornal Arauto
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    Proprietária do local onde crime ocorreu acredita na hipótese de ação planejada

    Após viver momentos de pavor e desespero, a moradora de Linha Andréas, interior de Vera Cruz, que comemorava o aniversário da irmã junto a familiares e amigos no quiosque aos fundos da casa, acredita em uma ação planejada. A proprietária da residência suspeita que o crime tenha sido mandado ou executado por pessoas conhecidas e que sabiam da rotina da família. Segundo a vítima, os bandidos chamavam muitos dos convidados pelos nomes. “Inclusive os proprietários dos dois carros roubados, eles chamaram pelos nomes”, revela. 

    O que também causa estranheza da vera-cruzense de 30 anos e seus familiares quanto à ação dos meliantes na propriedade é que o acesso até o local em que festejavam não é próximo à estrada. Pelo contrário, à noite é quase impossível visualizá-lo da rua. A proprietária acredita, ainda, que os indivíduos, antes de agir, observaram a movimentação do local. Aos fundos e do lado do quiosque há marcas de pegadas no chão, assim como ao lado da casa. A vera-cruzense ainda mostrou marcas de calçado próximo da cerca, onde podem ter cruzado para monitorar a festa.

    A Brigada Militar de Vera Cruz foi acionada e realizou o registro da ação criminosa. No entanto, a partir de agora, as investigações seguem por conta da Polícia Civil de Vera Cruz. A DP relata que após o crime não houve mais pistas. As buscas não tiveram êxito, nem os veículos roubados foram localizados.

    INSEGURANÇA

    Conforme a vítima, “foram momentos de pânico. Pior do que filme de terror. Não espero que ninguém passe por isso”. Após o bando ir embora, restaram marcas de sangue devido às agressões, garrafas quebradas e a sensação de insegurança até no interior. A proprietária se diz insegura, e revela que há pouco mais de um mês já teve a casa roubada em plena luz do dia. Mesmo com travas de madeira atrás das portas, agora ela pensa em câmeras de segurança.