Além de retirar livros, Joana Potira Heinen também já estagiou no local e auxiliou na realização de saraus
A Biblioteca Pública Municipal Caá Yari, de Venâncio Aires, celebra 52 anos nesta sexta-feira (12). O espaço foi criado em 1972, com o intuito de fortalecer a leitura e promover o acesso da população a assuntos variados. A mobilização para a instalação da biblioteca teve uma figura importante à frente, o professor Antônio Pilz Neto.
Ao longo dos mais de 50 anos, muitas pessoas passaram pelos corredores, retiraram livros, fizeram doações de exemplares ou, ainda, participaram de algum dos eventos realizados, especialmente os saraus. Esse é o caso da historiadora e contadora de histórias, Joana Potira Heinen, de 38 anos.
Ela conta que começou a frequentar a Biblioteca Caá Yari, que na época ainda não tinha este nome, quando era bebê. "Minha mãe era professora e tinha carteirinha de leitora lá. Ela retirava livros desde quando era estudante e, depois que eu nasci, ela buscava livros para nós e para os alunos dela. Sempre que podia ela levava eu e minha irmã, a Luzia, pra escolhermos o que gostaríamos de ler", relembra.
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Po Tira, como é conhecida, fez sua primeira carteirinha em 2003, e segue utilizando o espaço sempre que possível. "Eu acho que a biblioteca Caá Yari é um espaço muito importante pra cultura, educação e sociedade principalmente por estarmos em uma cidade pequena do interior, onde faltam outros espaços culturais. A biblioteca serve de base de pesquisa e difusão do conhecimento pra estudantes e professores, apoia os escritores locais, conecta leitores com clássicos da cultura escrita local e mundial, une leitores diversos de gerações e experiências múltiplas, também divulga novas ideias e potencializa talentos."
Para a historiadora, o local ganhou ainda mais significado a partir da chegada da bibliotecária Rosária Costa. Foi com a presença da profissional que a biblioteca passou a sediar eventos artísticos e culturais, entre eles os tradicionais saraus. Em 2009, Po Tira fez sua primeira contação de história. Depois, entre 2010 e 2011 foi estagiária no espaço e passou a compor o time de organização destes eventos, tanto na biblioteca como fora dela. "Acho que os eventos são oportunidades de divulgação da biblioteca, mas principalmente ajudam a formar novos leitores, trazendo um público diverso. Além de ser um espaço de resistência cultural em tempos da hegemonia das telas no nosso cotidiano", salienta.
Mãe de Caetano, de 1 ano e meio, ela destaca que o pequeno virou sócio da Biblioteca Caá Yari recentemente, no entanto frequenta desde recém-nascido. Conforme a historiadora, ela leva filho até o local para que ele esteja ainda mais em contato com os livros infantis e possa usufruir o espaço destinado exclusivamente aos pequenos leitores. "Acho que, além do legado de amar livros, quero que ele frequente a biblioteca também pra aprender a cuidar dos bens coletivos e compartilhar espaços culturais públicos. Acho importante ele se cercar de pessoas que também amam ler para ajudar na formação dele como leitor e também incentivar atividades de lazer analógicas, longe das telas", reforça.
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