Sabrina Renz destaca a importância do apoio do marido e da família para seguir realizando o tratamento
A venâncio-airense Sabrina Renz, 29 anos, está batalhando contra o câncer desde 2021. A vida nos dois últimos anos, segundo ela, tem sido um misto de sentimentos, exames e sessões de quimio e radioterapia. "Fui diagnosticada com adenocarcinoma grau 2 no colo uterino. Fiz 28 sessões de radioterapia, seis de quimioterapia e mais quatro sessões de branquiterapia", explica a professora de dança.
O tratamento, realizado de dezembro de 2021 a março de 2022, no entanto, não conseguiu eliminar o tumor. Por isso, ela e os médicos decidiram fazer a cirurgia de retirada total do útero. "Optei por retirar tudo, deixando somente bexiga e intestino. Minha cirurgia foi em novembro de 2022", relembra. Após um período, o cirurgião de Sabrina a encaminhou para oncologista para realizar exames e ver da necessidade de algum tratamento pós cirúrgico. "Neste meio tempo, comecei com muitas dores na perna direita e a emagrecer muito."
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Em janeiro deste ano, depois de realizar uma ressonância magnética, Sabrina recebeu a notícia que transformou, mais uma vez, sua vida: "Veio o susto, minha doença tinha voltado em três lugares diferentes, bexiga, canal vaginal e pélvis. Foi um susto muito forte pra mim, para o meu marido e toda a família", relata. No dia seguinte, a professora deu início as novas sessões de quimioterapia. O processo envolvia dois tipos, uma realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e outra particular – que não era oferecido pelo sistema de saúde nacional.
Sabrina conta que no início foi difícil assimilar tudo que estava acontecendo. Entretanto, ela afirma que após conversar com médicos e de ter conhecimento sobre todo o processo, foi, aos poucos, se acostumando com a ideia de que estava doente e que teria que conviver com as doenças e suas consequências. "Minha rotina desde que eu descobri o câncer foi fazer muitos exames e realizar consultas. Hoje minha rotina é literalmente casa, hospital, hospital, casa. Faz dois anos que estou com câncer, ainda não tive o tempo de cura", desabafa.
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Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo de todo o tratamento, a professora de dança ainda consegue ser otimista ao encarar tudo que já vivenciou. "Deus nunca dá um fardo maior do que a gente pode carregar", afirma ao também refletir sobre a importância de falar sobre a luta contra o câncer e assim compartilhar sua experiência com outras pessoas, especialmente mulheres que possam estar passando pelo mesmo. "Eu acho muito importante falar sobre este assunto, porque as pessoas têm muitas dúvidas em relação a isso. E falando, eu consigo ajudar outras mulheres a se cuidarem, a fazerem regularmente seus exames."
Além do apoio do marido e de toda a família, Sabrina abriu uma vakinha online para arrecadar fundos e auxiliar no tratamento, especialmente com as despesas de remédio e deslocamento uma vez que as sessões são realizadas no Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul. Quem quiser colaborar pode acessar através deste link.
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