Felipe Bertotti Petter, de 32 anos, corre há mais de uma década
Quem está na casa dos 40 anos deve se lembrar perfeitamente das mágicas manhãs de domingo trazidas ao público brasileiro pelo lendário Ayrton Senna. Os mais jovens, por sua vez, viram Felipe Massa brilhar, mas ficar longe do estrelismo por uma última curva em Interlagos, lhe tirando o título mundial de 2008. Com mais ou menos sucesso, todo piloto de Fórmula 1, a categoria mais importante do automobilismo em todo planeta, teve que passar pelo kart quando criança.
Longe de Interlagos, Silverstone, Monza e demais pistas clássicas, entusiastas da velocidade se divertem no kart no Complexo Velopark, em Nova Santa Rita, a 120 quilômetros de Vera Cruz.
Até a última volta
Um dos kartistas que pratica rotineiramente o esporte é o comerciante Felipe Bertotti Petter, de 32 anos. Praticante há mais de 10 anos, o comerciante corre por lazer, mas não tem medo de disputar cada espaço da pista. “Eu levo o kart muito a sério, sou muito competitivo. Minha principal corrida sempre é contra meus próprios limites”, destacou.
Felipe conta que já pensou em competir em campeonatos, mesmo que estes mais amadores, contudo, ainda faltam adeptos ao esporte para formar um grupo compromissado e que participe das corridas. “É muito difícil até juntar 20 amigos para se divertir e ainda mais para competir de uma forma mais séria”, explicou.
Emoção
Em altas velocidades, com o corpo exposto e contra cerca de outros 20 competidores, é esperado que o suor seja frio e o coração bata mais forte. “É uma adrenalina total. Durante os 20 minutos de corrida é preciso concentração máxima, mas claro, de olho no relógio para ver se estamos conseguindo baixar o tempo”, conta Felipe.
Não por menos, diante dos riscos, o kartista relata que, desde a primeira corrida, há 10 anos, a última, na semana passada, os passos até a pista são nervosos, desde a preparação até a aula. “Na hora de correr já me sinto mais confortável e confiante, com segurança para pilotar. Hoje já consigo uma performance bem melhor”, frisou.
Inspiração
Se um nome foi capaz de marcar uma legião de brasileiros que pouco assistiam Fórmula 1 nos anos 80 e 90, quem dirá o que é capaz de fazer para um amante da velocidade. Felipe relata que admira e assiste quase todos esportes relacionados a corrida, mesmo os que não envolvem motor. O grande ídolo, Ayrton Senna, faleceu quando ele tinha apenas três anos no trágico GP de San Marino, em 1994, o que não impediu o kartista de lhe ter como uma grande inspiração. “Todos dias assisto, com muita admiração, filmes e vídeos do Ayrton. Gosto muito de ver os seus feitos”, revelou.
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