Cada fase do desenvolvimento das nossas crianças tem seus marcos e seus desafios. É como se fosse um jogo de videogame, em que vamos avançando de fase, aumentando de nível, e obviamente cada um vai exigindo mais de nós. Mas são exigências diferentes, maneiras muito diversas de lidar com as situações. Ao mesmo tempo, cada fase é a mais linda de se viver.
Cada fase do desenvolvimento das nossas crianças tem seus marcos e seus desafios. Com o tempo, cada desafio transposto vai superando o anterior em grau de dificuldade, e o que antes considerávamos muito difícil, complexo, logo ali na frente já é praticamente esquecido, tendo em vista as dificuldades do momento. É como se fosse um jogo de videogame ou de computador, em que vamos avançando de fase, aumentando de nível, e obviamente cada um vai exigindo mais de nós. Mas são exigências diferentes, maneiras muito diversas de lidar com as situações. Entre os cuidados com o bebê de ontem e os cuidados com a criança de 9 anos existe um abismo (e não estou exagerando, não!).
Fiquei pensando, em relação a mim, desde o nascimento da minha filha, quais foram os desafios de cada fase. O primeiro deles, sem dúvidas, já no primeiro dia fora da barriga, foi a amamentação, seguida pelas cólicas de três meses. Uma fase em que tinha que cuidar tudo o que consumia para não afetar a pequena. Em seguida, a adaptação na escolinha, a introdução alimentar, o nascimento dos dentinhos quase ao mesmo tempo dos primeiros passos e do desenvolvimento da fala, o desmame, o desfralde, o adeus ao bico e, na sequência, à mamadeira. Tudo isso gerava ansiedade, mas ao mesmo tempo era lindo de ver quando acontecia, especialmente por estarmos crescendo juntas em todos os processos. Depois vem a alfabetização, a nova escola, aprender a andar de bicicleta sem rodinhas, dosar o uso de telas.
Mesmo que, em todos estes processos, a educação, o cuidado e o amadurecimento emocional estejam inclusos, hoje vejo que o desafio maior é justamente esse. Fazer entender os sentimentos, os bons e os ruins. Saber que a raiva existe, que a frustração existe, que a tristeza existe em cada um de nós. Que nem sempre as coisas acontecem como a gente quer e que temos que lidar com isso porque vivemos em sociedade. É dentro da nossa casa, com a nossa família, que exercitamos e aperfeiçoamos isso tudo.
É na maneira como nos relacionamos com os nossos, que respeitamos quem divide a rotina e os afazeres, as coisas boas e os desafios diários. O que há de mais intenso é educar para a vida, é criar para a empatia e para a resiliência, sem deixar de ser autêntico, a “maria vai com as outras”. Sinceramente já nem lembro das noites mal dormidas e muito menos das fraldas trocadas. Penso sempre que o próximo nível deste jogo pode ser ainda mais desafiador. Ao mesmo tempo, cada fase é a mais linda de se viver. É sim!
Ouça esta “Conversa de Mãe” com a Elena Wendt. Tem muita reflexão bacana sobre as fases!
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