Segundo o coronel Giovani Paim Moresco, os motivos iniciais, que acabaram resultando nos crimes, foram brigas de vizinhos e casos esporádicos do cotidiano
A maioria dos homicídios registrados na região do Vale do Rio Pardo não tem relação com o tráfico de drogas. Em entrevista ao Direto ao Ponto, na Arauto News, o Comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), o coronel Giovani Paim Moresco, falou sobre os índices criminais do primeiro semestre de 2024.
Segundo o comandante, uma avaliação dos assassinatos na região apontou uma característica muito diferente de outros locais: os motivos iniciais, que acabaram resultando nos crimes de homicídio, foram brigas de vizinhos, desacertos e casos esporádicos do cotidiano que envolvem pessoas da comunidade. “A característica da nossa região por conta do homicídio não é, na sua maioridade numérica, envolvimento com o tráfico de entorpecentes”, revelou.
O Rio Grande do Sul encerou o primeiro semestre de 2024 com uma queda histórica em grande parte dos indicadores de segurança pública. O coronel destacou que os dados são extremamente importantes para propiciar à população do estado uma breve historicidade de como se comportou a instituição ao longo dos tempos, mostrando o aumento do seu potencial de atendimento para as comunidades. “Essa constante evolução acabando propiciando com que o efetivo da Brigada Militar preste um serviço sempre buscando o nível de excelência para toda a população. […] Nós estamos desenvolvendo as nossas atividades regionais, para proporcionar o máximo de situações possíveis de segurança pública para as pessoas”, afirmou.
Moresco ressaltou ainda que, a partir do dia 9 de setembro, o projeto Monitoramento do Agressor estará apto para ser colocado em prática na região. A medida, inédita no país para prevenção de feminicídios, garante o rastreamento dos passos de agressores para evitar que se aproximem de vítimas amparadas por medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha.
Com a operação, é possível visualizar quando o agressor invade o perímetro de afastamento determinado pelo poder judiciário. As informações são alimentadas através da tornozeleira eletrônica de uso do agressor e de telefone celular da assistida.
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