Geral e Região

Trabalho intensifica no Parque da Expoagro

Publicado em: 16 de fevereiro de 2024 às 08:25 Atualizado em: 18 de março de 2024 às 14:56
  • Por
    Carolina Sehnem Almeida
  • Fonte
    Jornal Arauto
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    Faltando praticamente um mês para o início da feira, estrutura em Rincão Del Rey recebe olhar permanente nas lavouras

    Aqui é uma escola a céu aberto”, reflete Claiton Teixeira, responsável pelas lavouras demonstrativas cultivadas no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo. Faltando pouco mais de um mês para a realização da maior feira voltada à agricultura familiar do país, seu trabalho é constante e permanente no local. Enquanto as estruturas de expositores devem começar a ser montadas a partir da próxima semana, nos cultivos, o trabalho dura o ano todo. Acaba uma feira, é feita a limpeza da área, correção do solo e logo mais a semeadura da cobertura de inverno. Os plantios para as lavouras demonstrativas tiveram início em fim de novembro, para milho e soja, que vai estar na fase de pré-colheita durante a Expoagro, que ocorre nos dias 19, 20, 21 e 22 de março, das 8 às 18h, com mais de 400 expositores, entre empresas, instituições e entidades. Em dezembro acontece o maior volume de plantios, que se estendem ao início de janeiro, como é o caso do plantio do tabaco. São diferentes ciclos produtivos e períodos de cultivo para que as plantas estejam belas aos olhos do visitante. Por isso, frisa Claiton, o manejo é permanente.

    O clima

    Se nos últimos anos a estiagem castigava a agricultura e era preciso usar muito da irrigação, neste ano se exigiu menos por causa da quantidade de chuva. Aliás, o excesso de umidade, em alguns momentos, foi mais prejudicial, exigindo cuidado e replantio em alguns casos. São cerca de quatro hectares de lavouras cultivadas pela equipe da Afubra, entre soja, milho, arroz, tabaco, feijão, cana-de-açúcar, girassol e outros, todas elas com irrigação, seja por gotejamento ou aspersão e, no arroz, inundação. Claiton explica que tem se intensificado o uso da irrigação por gotejamento, por não desperdiçar água e evitar doenças e pragas.

    Driblar os efeitos do clima parece ser um desafio constante para quem trabalha no campo e, por isso, Claiton se referiu ao parque como uma escola a céu aberto, onde o que há de inovação e tecnologia é experimentado para servir de informação ao produtor.

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    Não é à toa que o engenheiro agrônomo Marco Antonio Dornelles, coordenador do evento, reflete na revista da feira que o objetivo da Expoagro Afubra sempre foi o de promover a diversificação das atividades produtivas rurais. Mas reconhece que os desafios se ampliam, especialmente ao considerar a questão climática, da seca à enchente, o que exige ainda mais atenção aos produtores para que consigam ter produtividade, qualidade e sustentabilidade.