Jogadores e equipe técnica estiveram na Unisc em um bate-papo descontraído, com direito a troca de passes
A manhã dessa terça-feira (9) foi diferente e especial para as crianças que integram o Projeto Cestinha, projeto de extensão desenvolvido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Jogadores e equipe técnica do time de basquete União Corinthians visitaram a Unisc, trocaram ideias com as crianças e ainda treinaram no Ginásio de Esportes da Universidade.
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O bate-papo foi conduzido pelo técnico do time, Rodrigo da Silva. Enquanto isso, as crianças tiravam dúvidas sobre como é ser jogador de basquete, como é a rotina de um atleta da área, e curiosidades como quem é o mais engraçado do time e os apelidos de cada um. Os pais também participaram da conversa. “Nós estamos visitando escolas, projetos, tendo este contato, porque nem sempre a criança vai lá no jogo, tira foto, mas não tem contato com o jogador, não consegue perguntar para ele alguma coisa. Então, poder vir aqui, receber o carinho das crianças, saber o quanto elas estão empolgadas em receber a gente, isto nos enche de orgulho, de alegria e nos fortalece para continuarmos trabalhando, representando bem a cidade, que o time cresça cada vez mais, e que possamos ter mais crianças praticando o esporte, não só o basquete, mas esportes”, fala o técnico.
Ele ainda lembra que os jogadores também foram sonhadores como as crianças do Projeto. Como conselho para gurizada, disse que é preciso gostar do esporte, se dedicar e treinar. Ainda, citou o exemplo do atleta Thaylor Fagundes, que saiu do Projeto Cestinha direto para o União Corinthians. “Quem sabe possamos ter outros Thaylor’s saindo daqui”.
Do Cestinha para o União Corinthians
Feliz em poder contar sua trajetória, Thaylor é de Venâncio Aires e lembra que participava do Projeto Atleta do Futuro na escola em que estudava, a Cidade Nova. “Os antigos técnicos e diretores, que eram o Gilmar e o Fernando, foram até lá para acompanhar o projeto e me trouxeram para cá, eu e mais quatro meninos. Na época, eu tinha 8 anos e fiquei no Cestinha até os 14, minha base inteira foi aqui.”
Hoje, com 18 anos, ele diz que já acompanhou os treinos das crianças, mas é a primeira vez que vem como atleta profissional. “Está sendo meio que uma nostalgia, foram muitos anos aqui. Olhar as tabelas, a quadra, lembrar dos momentos. É muito orgulho.”
“A cidade sempre respirou basquete”
A boa campanha do União Corinthians tem feito com que mais alunos procurem o Projeto. “A cidade sempre respirou basquete e, por um período, parece que hibernou e nós não tínhamos uma referência. E desde a volta do adulto profissional do Corinthians aparecem, a cada dia, mais alunos interessados em praticar, porque agora eles têm um espelho, uma inspiração e alimentam o sonho com que a gente trabalha: com os sonhos das crianças em um dia se tornarem atletas profissionais”, ressalta o coordenador do Projeto Cestinha, Fernando Sisnande. Ele ainda enfatiza que o objetivo principal do Projeto é de fim educacional, usando o esporte como uma ferramenta educacional.
Atualmente, o Projeto atende em torno de 180 crianças. É uma iniciativa gratuita, que busca por meio da prática do basquete a inserção de crianças e adolescentes no âmbito social. Funciona com atividades no ginásio da Unisc, no ginásio do Bairro Schulz e no ginásio do Polo Comunitário Menino Deus.
Sonho de família
Caio de Oliveira Ferreira tem 10 anos e ingressou no Projeto neste ano. Ele segue os passos do irmão Eric, de 17 anos, que também jogava no Cestinha e hoje está nas categorias de base do União Corinthians. Morador de Linha João Alves, Caio conta que tem o costume de frequentar os jogos do time no Arnão. No entanto, conhecer pessoalmente os ídolos, durante a ação na Unisc, é especial. “Aqui eu pude conversar com eles e saber mais como é a vida de um jogador de basquete”, finaliza.
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