O governo estadual, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), realizou, nesta segunda-feira, uma reunião virtual com o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de concessionárias e cooperativas de energia que atuam no Rio Grande do Sul.
“O objetivo foi atualizar a situação do abastecimento de energia elétrica, conhecer as dificuldades enfrentadas pelas companhias no restabelecimento, saber dos equipamentos emergenciais colocados em operação para agilizar o retorno e dialogar com as empresas para que priorizem os atendimentos de urgência, como dos hospitais”, explicou o secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli.
Segundo as companhias, cerca de 430 mil pontos estão sem luz no Rio Grande do Sul, incluindo as concessionárias CEEE Equatorial, RGE e cooperativas como Certel e Certaja.
A celeridade do restabelecimento dos serviços depende da liberação dos bloqueios em rodovias, muitas delas destruídas pela enchente. As companhias informaram que estão realizando o acompanhamento do cronograma de trabalho do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para o deslocamento das equipes de manutenção.
A partir da redução dos níveis dos rios e dos alagamentos, as distribuidoras garantiram que irão trabalhar para restabelecer o serviço o mais breve possível, priorizando a segurança das pessoas. Muitas linhas de transmissão precisaram ser desligadas, preventivamente, devido ao risco de choque elétrico.
Segundo o diretor-presidente da concessionária CEEE Equatorial, Riberto Barbanera, o restabelecimento ocorrerá de forma gradual e conforme os alagamentos forem reduzindo, pois existe a necessidade de realizar a limpeza e os testes da rede. “Temos muito trabalho pela frente. O tempo bom de sol, infelizmente, não é critério para normalizar o serviço. Enquanto essas áreas estiverem alagadas, por motivo de segurança, não será possível a restauração da energia”, destacou.
Entre as ações emergenciais já implementadas está a contratação, por parte da RGE, de helicópteros para viabilizar a chegada da equipe técnica em locais de difícil acesso. A CEEE avalia, ainda, a disponibilidade de geradores de energia a serem instalados em pontos específicos.
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