Aeronave da Brigada Militar vai levar suporte humanitário a partir deste sábado no Vale do Rio Pardo

No fim da tarde desta sexta-feira (3), o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, atualizou a imprensa sobre as ações de enfrentamento às enchentes que assolam o estado desde o início da semana. A entrevista coletiva ocorreu no Gabinete de Crise instalado em Santa Cruz do Sul, na sede do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP).

Gabriel Souza informou que a demanda por aeronaves para resgate de pessoas de maior complexidade não é mais necessária na região do Vale do Rio Pardo. No entanto, ressaltou que ainda há necessidade em municípios como Venâncio Aires, Cruzeiro do Sul e dezenas de outros no Vale do Taquari, na região Serra e na região metropolitana de Porto Alegre. “A prioridade de aeronaves deverá ser voltada para a região de Porto Alegre a partir de agora“, afirmou.

Segundo Souza, as previsões meteorológicas indicam que a chuva deve persistir na região nos próximos dias, embora com menor intensidade. Ele destacou também um plano de recuperação de rodovias, mencionando reuniões com lideranças da Concessionária Rota de Santa Maria, responsável pela administração da RSC-287, importante via logística da região de Santa Cruz do Sul, que enfrenta bloqueios em diversos pontos devido aos danos estruturais provocados pelas chuvas.

Além disso, o vice-governador anunciou que, a partir deste sábado (4), um helicóptero da Brigada Militar será utilizado para levar mantimentos para municípios e localidades isoladas no Vale do Rio Pardo. Segundo ele, inicialmente serão atendidas pelo menos oito comunidades em Sinimbu, além de outras localidades que serão mapeadas durante o dia. Serão entregues água potável, alimentos, medicamentos, itens de higiene e outros insumos.

“Uma aeronave da Brigada Militar vai percorrer a região com mantimentos de primeira ordem e levar para as cidades mais necessitadas, que são aquelas sem acesso por rodovias e pontes, bloqueadas ou perdidas em razão das chuvas”, explicou Gabriel.

Questionado sobre a falta de sinal de telefone e internet, que tem deixado vários municípios incomunicáveis, Souza explicou que a dificuldade atual está relacionada ao acesso a localidades onde há torres e outras estruturas danificadas, o que tem impossibilitado os reparos por parte das equipes técnicas.