O descarte de medicamentos feito de forma imprópria representa risco à saúde, bem como ao meio ambiente. Por isso, deve ocorrer em pontos de coleta específicos, para que possam ser encaminhados à destinação correta. Empreendimentos e unidades de serviços em saúde já realizam o descarte adequado devido ao cumprimento às normas legais aplicadas às atividades, segundo o técnico ambiental Cássio Paulus Calheiro, da Ecolog Serviços Ambientais. “Normalmente, em redes de farmácias, ambulatórios ou postos de saúde há coletores para resíduos da população”, frisa.
A Ecolog atende estabelecimentos em todo o Estado, realizando coleta em alguns setores públicos, mas em Santa Cruz, Vera Cruz e Vale do Sol, atua somente em clínicas, consultórios e farmácias. No setor farmacêutico, por exemplo, realiza a coleta e destinação de medicamentos em 32 farmácias/drogarias, em Santa Cruz, de nove estabelecimentos em Vera Cruz e três em Vale do Sol, locais estes que contam com coletores.
De acordo com as normas brasileiras, o resíduo de medicamento é considerado perigoso e normalmente é destinado a aterros industriais controlados ou em empresas que realizam a incineração do material.
CONTAMINAÇÃO
Os impactos do descarte inadequado destes medicamentos passam pela contaminação de solo e água. “Por exemplo: é muito comum as pessoas descartarem medicamentos no vaso sanitário ou pias, o que consequentemente leva os resíduos químicos dos medicamentos ao contato com águas subterrâneas e o solo”, reflete Calheiro.
Segundo ele, este material acaba diluído e passa a integrar este meio, que no ciclo natural volta ao ser humano, seja na própria água a ser consumida ou em alimentos. Para o profissional, o maior agravante da inclusão destes materiais na composição dos solos ou das águas se dá por se tratar de ingredientes altamente resistentes e dificilmente capazes de serem filtrados nos meios tradicionais de tratamento da água ou regeneração de solo.
Confira a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira, do Jornal Arauto.