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Entre o povo do campo, com a missão de proteger


Publicado 19/04/2019 10:52
Atualizado 19/04/2019 15:52

Polícia   CANDELÁRIA E VALE DO SOL

Quem enxerga os soldados Tiago Lauer e Gass pelo interior de Candelária, pouco repara nas fardas, nas armas e no brasão da Brigada Militar que os dois carregam. Ali, ao lado da comunidade rural, parecem apenas dois garotos do campo, que valorizam a simplicidade da vida dos agricultores. Valorizam, reconhecem e protegem. Os dois jovens são os responsáveis pela Patrulha Comunitária do Interior (PCI) da BM de Candelária, que circula pelo interior do município e também pela zona rural de Vale do Sol, terra vizinha.

Tiago Lauer e Cesar Augusto Gass – que cresceram no interior de Candelária – aproveitam a proximidade para o aprimoramento do trabalho. Chegam conversando em alemão com os moradores, reservam um tempo para o chimarrão e até conhecem um pouco da história de cada família que os recebe, com alegria, em suas casas. Ao total, são 700 quilômetros por semana, em mais de 60 localidades mapeadas. 

Para o soldado Tiago Lauer, esse trabalho se torna ainda mais fácil pela proximidade que os dois possuem com a vida rural. “Temos consciência do quanto eles precisam dos órgãos de segurança ao lado deles. Com certeza, é o serviço que eu mais gosto de fazer”, resume.

De acordo com o soldado Gass, as visitas são importantes para que os moradores saibam que a polícia está aqui.  “Há um tempo não enxergavam uma viatura no interior. O único momento em que viam os policiais era durante atendimento de alguma ocorrência, de alguma desgraça. Agora, eles sabem que estamos aqui, não para multar ou procurar coisas, mas para ajudar quem precisar. Somos amigos da comunidade”, destaca.

 “Eu gosto quando eles passam”

Até mesmo quando a patrulha não estaciona e chega para uma conversa, o simples aceno de dentro da viatura acalma o coração de Geni Hitz, 66 anos. A idosa, que mora em Linha Alta, terra onde o soldado Tiago Lauer cresceu, valoriza a presença da Brigada Militar em sua casa. “Eu gosto quando eles passam”, diz Geni, que acompanha o trabalho dos policiais há anos, ao lado do marido Renildo, de 70 anos.

Quem também se sente seguro é o agricultor Ezequiel Valker Hitz, de 28 anos. “Aqui nunca aconteceu nada. Não temos tanto receio, porque sabemos que eles estão por perto”, comenta. Além disso, o jovem destaca o conhecimento dos policiais sobre a região. “Chegam falando em alemão com minha família, sabem os carros que cada morador tem, estudam as rotas de fuga”, fala. O soldado Gass ressalta, inclusive, que esse sentimento de tranquilidade o deixa feliz. “Pouco efetuamos prisões, mas porque evitamos o crime”, afirma.

A vigilância feita em torno das residências, também ocorre nos estabelecimentos comerciais. Os proprietários de bares Alcido Drost e Arnildo Schieferdecker, que atuam em Quilombo e Linha Alta respectivamente, também agradecem o trabalho desempenhado pela patrulha. “Me sinto mais seguro e meus clientes também”, diz Drost.

Conforme o comandante da Brigada Militar de Candelária, capitão Renan Dutra, os resultados do serviço são excelentes. “Baixamos a incidência de crimes e ainda estreitamos o laço com a comunidade rural. Nossos policiais entendem a cultura dos moradores e eles colaboram com informações que, muitas vezes, não chegam pelo 190.